Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
FREIRE, Carlos Renato Araújo |
Orientador(a): |
GUILLEN, Isabel Cristina Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44152
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo analisar a trajetória de um agente patrimonializador específico: Miguel Ângelo de Azevedo (1934-), mais conhecido como Nirez. A partir dos anos 1950, Nirez intensificou o seu colecionismo de discos de cera, fotografias e outros objetos, ao transformar a sua própria residência em um museu, renomeado em três momentos: Museu Fonográfico do Ceará (1969), Museu Cearense da Comunicação (1975) e Arquivo Nirez (1983). Durante sua, vida aliou o trabalho profissional como desenhista e uma atuação no rádio, mas a partir de 1975 o seu engajamento cultural ganhou outros contornos ao editar semanalmente uma página no jornal O povo e ao se vincular à Associação de Pesquisadores da Música Popular Brasileira (APMPB). O texto a seguir se divide em três capítulos. No primeiro, analisamos o processo de musealização da sua casa e a formação de uma rede de sociabilidade local e nacional. No segundo capítulo, discutiremos o seu gesto editorial no jornal O povo como elemento ativo na reconfiguração da imagem da cidade de Fortaleza como cidade cultural, em meio à implementação das políticas culturais da Ditadura Civil- Militar. Por fim, analisaremos sua participação na APMPB, que possibilitou tanto a edição do livro Discografia brasileira em 78 rpm de 1902-1964 em co-autoria com Alcino de Oliveira Santos, Grácio Barbalho e Jairo Severiano, como a sua adesão a uma definição específica de música popular brasileira. A pesquisa permitiu trabalhar com jornais, revistas, fotografias, correspondências, guias de turismo, atas de conselhos, programas de valorização do patrimônio, planos e relatórios institucionais. Teoricamente nos aproximamos de um ponto de vista pragmático ao operar com o conceito de cadeia patrimonial para se pensar esse percurso. Através dessa análise, pudemos verificar que mesmo no espaço de uma casa-museu ocorreu a prescrição de projetos de memórias locais e nacionais passíveis de disputarem uma política sobre os sentidos e os valores do passado. |