O pensamento algébrico no 5o ano do ensino fundamental : explorando tarefas de valor omisso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MARQUES, Anailde Felix
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49220
Resumo: A implementação da Base Nacional Comum Curricular proporcionou mudanças no cenário Brasileiro de pesquisas na área de Educação Matemática. Incluindo a álgebra como uma das suas unidades temáticas desde os primeiros anos escolares, de modo a enfatizar o desenvolvimento do pensamento algébrico. No entanto, esta discussão já era proposta e estudada há alguns anos no cenário internacional e vem sendo crescente o quantitativo de investigações e a discussão ao redor do ensino-aprendizagem de álgebra nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Na perspectiva da Teoria da Objetivação existem três elementos interligados que caracterizam o pensamento algébrico, sendo eles: a indeterminação, denotação e a analiticidade. Nessa perspectiva, este estudo objetiva caracterizar o pensamento algébrico revelado por estudantes do 5° ano do ensino fundamental ao resolverem tarefas que envolvem o valor omisso. Este estudo é de abordagem qualitativa, utilizando aspectos metodológicos da atividade de ensino-aprendizagem na perspectiva da Teoria da Objetivação e os elementos da análise multissemiótica ou multimodal descritos por Arzarello e seus colaboradores. A pesquisa foi desenvolvida em uma escola particular localizada no interior do Rio Grande do Norte, na qual tivemos a participação de quatros estudantes do 5° ano do Ensino Fundamental. Com relação ao desenvolvimento do estudo, os estudantes foram organizados em duas duplas. E como a discussão em torno do pensamento algébrico na Teoria da Objetivação pode ser mediado por componentes externos como os gestos, símbolos matemáticos, faz-se necessário utilizar aparelhos eletrônicos para as gravações de áudio e vídeo de todas as interações entre professora-estudantes e estudante-estudante no momento de resolução das tarefas (tarefa 1 – folhas de papel sulfite; tarefa 2 – receita culinária) que foram propostas. No momento da análise multissemiótica identificamos os mais diversos indícios dos elementos caracterizadores durante a resolução das tarefas de valor omisso como a percepção, os gestos e a linguagem natural, até mesmo a combinação deles, inclusive a dupla 1 evidencia os três elementos caracterizadores na resolução das duas tarefas. Para finalizar inferimos alguns apontamentos como: a dificuldade dos estudantes para trabalhar em dupla de forma colaborativa de modo a ouvir atentamente as ideias dos colegas e iniciar a busca por um consenso; a importância dos gestos; o uso do método de tentativa e erro demonstrando evidências do pensamento aritmético; e a não familiaridade com tarefas que exploram cinco ou seis problemas.