Avaliação da atividade inseticida do extrato salino e da lectina da sarcotesta de Punica granatum (PgTeL) contra Aedes aegypti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Juliane Nancy de Oliveira
Orientador(a): NAPOLEÃO, Thiago Henrique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40456
Resumo: O Aedes aegypti é o mosquito responsável por transmitir as arboviroses Zika, Dengue e Chikungunya. O controle populacional desse vetor é essencial para que haja a diminuição na incidência dessas doenças. Punica granatum (romãzeira) é muito conhecida devido a sua utilização na medicina popular e já é sabido que a romã possui diversas atividades biológicas, dentre elas a toxicidade em insetos. Lectinas são proteínas amplamente encontradas nas plantas e algumas delas são relatadas como agentes inseticidas. A sarcotesta da romã contém uma lectina denominada PgTeL. O objetivo deste trabalho foi analisar a capacidade do extrato salino e fração proteica da sarcotesta da romã e de PgTeL isolada em induzir a morte de larvas do A. aegypti. Metabólitos secundários presentes no extrato foram avaliados por Cromatografia em Camada delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de alta eficiência (CLAE). PgTeL foi isolada de acordo com protocolo já estabelecido. O ensaio larvicida foi executado utilizando o extrato, a fração ou a lectina para determinar a concentração letal necessária para matar 50% das larvas (CL50). Além disso, também foi realizado o ensaio para determinar o efeito do extrato sobre a atividade de enzimas digestivas das larvas. O extrato salino apresentou uma CL50 de 3,9% enquanto a fração proteica e PgTeL não apresentaram atividade larvicida. Análise por CCD revelou a presença de taninos hidrolisáveis, terpenos e esteroides, derivados cinâmicos e açúcares redutores. Análise por CLAE identificou a presença de ácido elágico (teor de 0,21 g%), punicalagina α (0,22 g%), punicalagina β (0,23 g%), derivado de ácido elágico (0,22 g%) e derivado cinâmico (0,39 g%). O extrato se mostrou capaz de interferir na atividade das enzimas digestivas amilase (estimulação ou inibição) e tripsina (inibição). Em conclusão, o extrato salino da P. granatum possui atividade larvicida contra A. aegypti, causando alterações na ação de enzimas digestivas, e a lectina PgTeL não é o princípio ativo contra as larvas.