Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
RIOS, Mateus da Costa Machado |
Orientador(a): |
SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29356
|
Resumo: |
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune que acomete vários órgãos ou sistemas e pode estar presente imunodeficiência, tanto de forma primária como secundária. Esta dissertação consiste de um capítulo de revisão e de dois artigos originais. No capítulo de revisão enfatizamos uma possível relação do LES com a presença de imunodeficiência. A imunodeficiência secundária no LES está relacionada ao uso dos imunossupressores, a atividade de doença e ao comprometimento renal. A imunodeficiência primária está associada ao LES, sendo descrito a imunodeficiência comum variável, deficiência seletiva de IgA e deficiência seletiva de IgM. Algumas infecções são tidas como desencadeadoras no desenvolvimento do LES, como o vírus Epstein Barr (EBV) e o citomegalovirus (CMV). Nos artigos originais enfatizamos a avaliação de imunodeficiência e resposta viral no LES. O primeiro artigo original tem o objetivo de avaliar as alterações da imunidade humoral em pacientes com nefrite lúpica em atividade, buscando identificar possíveis imunodeficiências primárias, bem como verificar a influência dos fatores como proteinúria, atividade de doença, e imunossupressor nas respostas da imunidade humoral. O segundo artigo tem o objetivo de avaliar a prevalência da positividade da sorologia para o vírus Epstein Barr e citomegalovirus, assim como a prevalência de imunodeficiência humoral nos pacientes com nefrite lúpica. Os principais achados dos artigos foram que a média dos níveis de imunoglobulina G no grupo com proteinúria foi de 1060,6 mg/100mL e no grupo sem proteinúria foi de 1468,7 mg/100mL e a diferença mostrou-se significativa (p<0,05). Cinco dos pacientes estudados apresentaram deficiência da imunidade humoral, e foi estatisticamente significativa (p<0,05), quando avaliado pela proteinúria e pelo índice de atividade de doença (SLEDAI). O micofenolato de mofetil teve forte correlação negativa (r:- 0,648) com a IgG. A prevalência da positividade da sorologia para CMV e EBV foi de 92% (49/53) e 88% (47/53), respectivamente nos pacientes lúpicos e assemelharam a população geral (p>0,05). A imunodeficiência humoral foi mais prevalente nos lúpicos 9,43% (5/53), quando comparado à população geral. Foi concluído que a proteinúria reduz os níveis de IgG, porém não a ponto desenvolver hipogamaglobulinemia. Imunodeficiência humoral está presente nos pacientes portadores de nefrite lúpica e esteve associado com evolução mais grave da doença, com presença de proteinúria e presença de atividade de doença. O micofenolato de mofetil foi a variável que se correlacionou com a redução de IgG, porém não sendo capaz de promover níveis compatíveis com imunodeficiência. A sorologia para CMV e EBV não demonstrou relevância clínica no acompanhamento de pacientes portadores de LES, pois a positividade sorológica não os diferencia da população geral. |