Deusa do amor e legisladora ateniense: o duplo protagonismo de Afrodite em Hipólito, de Eurípides

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Medeiros, Hamilton Sérgio Nery de lattes
Orientador(a): Colonnelli, Marco Valério Classe lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29977
Resumo: Hipólito, de Eurípides, é uma peça representada inicialmente no ano 428 a.C. durante a guerra do Peloponeso, em que o autor apresenta a história do jovem Hipólito, fruto da relação do herói épico Teseu com a rainha das amazonas, Hipólita. Na trama, o jovem escolhe traçar seu próprio destino e se afasta dos desígnios divinos e da tradição no que tange as leis do oikos e da pólis. Hipólito, ao atingir a maioridade, decide permanecer sob os domínios de Ártemis e da esfera virginal concernente à deusa. Com isto, se afasta do convívio social e recusa a instituição do casamento, sob a legislação de Afrodite. A deusa, por sua vez, apresenta-se na trama sob sua face terrível aos que lhe desprezam, e atua como legisladora para punir Hipólito por ter se afastado de seus desígnios. Esta dissertação tem por objetivo analisar o duplo protagonismo que a deusa exerce na trama de Eurípides, tendo como corpus trechos da peça Hipólito, sendo o prólogo o principal deles. O trabalho apoia-se em teóricos, como Florenzano (1996), Romilly (1998), Mossé (2008), nos filósofos Platão e Aristóteles, em fontes literárias, como Homero e Hesíodo, além de elementos da cultura material, com fotografias de artefatos gregos encontrado em Tarento (Itália).