Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Diego Elias
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Orientador(a): |
Soares, Juliana Késsia Barbosa
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Engenharia de Alimentos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31591
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Resumo: |
Este trabalho avaliou o impacto do óleo e amêndoa de baru sobre a microbiota fecal, parâmetros de estresse oxidativo cerebral e desenvolvimento comportamental da prole de ratas Wistar tratadas durante a gestação e lactação. As mães foram randomizadas em três grupos: Controle - receberam água destilada através de gavagem; Óleo – receberam 2.000 mg do óleo de baru/kg e Amêndoa - receberam 2.000 mg da amêndoa de baru/kg. Após o nascimento, a prole foi padronizada em ninhadas de 6 filhotes machos. Ao final da lactação, amostras do leite materno foram coletadas para análise do perfil de ácidos graxos. Na prole, foi realizada avaliação do desenvolvimento somático e ontogênese reflexa durante os primeiros 21 dias de vida. Na fase da adolescência (T45) e adulta (T90) foram realizados testes de Habituação ao Campo Aberto (OF); Reconhecimento de Objetos (TRO); Labirinto Aquático de Morris (LAM); Labirinto em Cruz Elevado (LCE) e Caixa Claro-escuro (CCE). O conteúdo de ácidos graxos e a análise histologica do cérebro foram avaliados em T45 e T90, assim como a coleta das fezes para análise de microbiota fecal. Tanto a administração do óleo e da amêndoa elevaram o teor de PUFAs no leite materno e no cérebro da prole adolescente e adulta, assim como, o teor de ácido docosahexaenóico e araquidônico. Observou-se aceleração da ontogenia reflexa e do desenvolvimento somático nos grupos experimentais. O grupo óleo apresentou diminuição do parâmetro de ambulação na segunda exposição ao CA, em T45. Na fase adulta, a redução ocorreu em ambos os grupos. No TRO, os grupos óleo e amêndoa apresentaram melhora da memória em curto e longo prazo, em T45. Na fase adulta, esses resultados só foram evidentes no grupo amêndoa. Os grupos experimentais apresentaram maior deambulação e rearing e redução do comportamento de autolimpeza e número de bolo fecal, em T45. Na fase adulta, verificou-se maior número de rearing e menor número de bolo fecal apenas no grupo amêndoa. No LCE, o grupo amêndoa apresentou maior número de entradas e tempo despendido nos braços abertos, em T45. O grupo amêndoa em T90, obteve maior número de entradas nos braços abertos quando comparado aos grupos óleo e controle. Na CCE, observou-se maior tempo de permanência dos animais experimentais no compartimento claro da caixa em T45 e T90. A análise histologica mostrou que a suplementação preservou as células do hipocampo e do córtex dos animais em ambas as fases da vida. Houve aumento dos níveis de glutationa e redução de MDA no cérebro da prole óleo e amêndoa, em T45. Em T90, apenas o grupo amêndoa apresentou níveis elevados de glutationa. As comunidades microbianas das fezes, assim como as vias metabólicas utilizadas pelas bactérias intestinais foram significativamente diferentes comparando os grupos experimentais ao controle em T45. Os resultados evidenciaram o efeito neuroprotetor da suplementação em diferentes fases da vida, sendo estes, associados ao impacto dos PUFAs e antioxidantes no desenvolvimento/proteção do sistema nervoso central, na remodelação da microbiota intestinal, bem como na sua produção de compostos neuroativos. |