Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Farias, Amanda Brito de Medeiros
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Orientador(a): |
Matos, Denilson Pereira de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Linguística
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Departamento: |
Linguística
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29669
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Resumo: |
Os ambientes de resistência considerados aqui são formas linguísticas que funcionam no mesmo contexto sintático, diante do conjunto de verbos com os quais ocorre, quanto ao tipo semântico do verbo, em relação à ordenação e à estrutura da oração em que o clítico te resiste. A semântica dos protótipos reutilizou a noção de traço ou componente para a de atributo, a fim de se diferenciar do foco tradicional na categorização e no significado. Deve haver características mais centrais (prototípicas) do que outras se houver indivíduos mais representativos. Portanto, o objetivo geral desta pesquisa é identificar os ambientes de resistência do te como clítico prototípico para expressão da 2ª pessoa do singular (doravante 2SG) na função de objeto no português do Brasil sob a perspectiva da linguística funcional clássica. Investigou-se a problemática de que as pesquisas que se dedicam à complementação de 2SG tratam da alternância de formas linguísticas que figuram nesta posição e indicam a regularidade do clítico te em relação às demais. Notamos que, mesmo diante de uma regularidade comprovada em várias pesquisas, o te, enquanto protótipo, pode encontrar ambientes pontuais em que a sua resistência varia. Tal problemática levou aos seguintes questionamentos: “Como se caracterizam os ambientes de resistência em que o te é utilizado?”; “Que fatores sintático-semânticos e discursivo-pragmáticos estão envolvidos na resistência do clítico prototípico te?”; e “Como quantificar os níveis de resistência de te em cada ambiente de resistência identificado?” Como hipótese principal, defende-se que o te, enquanto protótipo, admite ambientes pontuais de variação na sua resistência. Para verificação desta hipótese, observaram-se dados de 2 corpora (C-Oral-Brasil e D&G Natal), analisados qualitativamente e quantitativamente, considerando como aporte teórico principal a prototipicidade, segundo a Linguística Funcional Clássica. As seguintes conclusões preliminares foram possíveis: Nos dados do C-Oral-Brasil não foram identificados gêneros textuais, a função predominante é a de objeto indireto e relacionamos isso com a resistência do te associada à regularidade. Sobre o objeto direto (OD), acreditamos ser o ambiente de resistência onde o te figura com menos força, porém destacamos como isso concorre para seu estabelecimento como protótipo. Quanto ao ambiente “tipo semântico” do verbo em verbos simples e em locuções verbais, notamos que dois tipos se destacam: verbos de material/atividade e os dicendi. Nas locuções verbais, os dois tipos citados apresentam maior equilíbrio. A partir dos dados do C-Oral-Brasil, observamos 4 tipos de variação em que o te apareceu no ambiente ordenação : Verbo auxiliar + sujeito + objeto + verbo (VaSOV); Verbo auxiliar + S (apagado) + objeto + verbo (VaSapOV); Verbo auxiliar + objeto + verbo (VaOV) e Sujeito + Verbo auxiliar + objeto + verbo (SVaOV). Sendo mais resistente por ser regular, o te é mais resistente na ordem SVaOV. Nos ambientes em que precisa resistir, sendo menos regular, se destaca a ordem VAOV. Sobre a “colocação pronominal” como ambiente de resistência, não estendemos nossas considerações, por ser estabelecida a colocação proclítica nos dados do C-Oral-Brasil. |