Evolução cariotípica e composição da heterocromatina em espécies da subtribo Pleurothallidinae Lindl. (Orchidaceae A.Juss.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, José Lourivaldo da lattes
Orientador(a): Felix, Leonardo Pessoa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29668
Resumo: A subtribo Pleurothallidinae é um grupo monofilético pertencente à família Orchidaceae e agrupa 5.114 espécies e 44 gêneros, sendo amplamente distribuídas principalmente pelas regiões neotropicais. Neste trabalho buscamos estudar a evolução cariotípica, quantidade e distribuição das bandas heterocromáticas das espécies da subtribo Pleurothallidinae. Portanto, foram analisadas por meio da técnica de coloração CMA/DAPI, nove gêneros e 26 representantes da subtribo Pleurothallidinae, com o intuito de ampliar a quantidade de gêneros e espécies da subtribo analisadas com essa técnica. Desta forma, buscamos responder as seguintes perguntas: 1) A variação de números cromossômicos e padrões de banda CMA/DAPI em Pleurothallidinae suporta a segregação de gêneros recentemente propostos com base em filogenia molecular? 2) A quantidade e distribuição de bandas CMA/DAPI é uniforme nesses gêneros? 3) Stelis e gêneros relacionados podem realmente ser caracterizados pela ausência ou quantidades muito pequenas de heterocromatina? Portanto, esperamos contribuir para o melhor entendimento da filogenia de Pleurothallidinae e identificar os mecanismos envolvidos na evolução cariotípica da subtribo. A subtribo Pleurothallidinae possui uma grande diversidade de números cromossômicos e de padrões de bandas CMA/DAPI, portanto, potencialmente utilizáveis na delimitação de táxons, em nível de espécie e gênero. Os números cromossômicos das espécies da subtribo Pleurothallidinae variaram de 2n = 18, em uma espécie de Pleurothallis, a 2n = 44 em Acianthera. Além disso, gêneros como Acianthera e Specklinia, caracterizaram-se por apresentar números básicos primários x = 20 e x = 10, respectivamente, enquanto que Stelis, o número básico x = 16 é o seu mais provável número básico primário. A quantidade e distribuição de bandas CMA/DAPI foi claramente variável dentro da subtribo Pleurothallidinae e em alguns casos dentro dos gêneros, como em Acianthera e Stelis. O gênero Stelis incialmente parecia ser caracterizado por apresentar pouca ou nenhuma heterocromatina detectável pela técnica de bandeamento com os fluorocromos CMA e DAPI. Todavia, Stelis mostrou-se mais variável em termos de quantidade, composição e número de bandas heterocromáticas utilizáveis na delimitação taxonômica de espécies relacionadas. Com isso, esperamos contribuir para o melhor entendimento da filogenia de Pleurothallidinae.