Percepção docente do programa Educar pra Valer (EpV) na rede pública de ensino no município de Mamanguape na Paraíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lima, Maria de Lourdes Pereira de lattes
Orientador(a): Pereira, Maria Zuleide da Costa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31497
Resumo: O programa Educar pra Valer, doravante (EpV), foi instituído pela Associação Bem Comum (ABC), cujo objetivo é apoiar municípios brasileiros na implementação de práticas de gestão. Tem por base evidências e resultados, fruto da experiência do município de Sobral e do programa PAIC, no Ceará, tendo como apoiadora a Fundação Lemann. Implementado na rede pública no município de Mamanguape/PB no Ensino Fundamental Anos Iniciais, no ano de 2019, consiste em diagnosticar, avaliar e melhorar os índices de rendimento, principalmente, na leitura dos estudantes que apresentavam déficit de aprendizagem nessa categoria por quaisquer motivos. Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo geral: analisar as possíveis contribuições do programa Educar pra Valer enquanto política educacional que visa a alfabetização na idade certa e na formação do leitor fluente, verificadas nas turmas de 5º ano das escolas da rede municipal de Mamanguape/PB, em 2022, segundo as percepções docentes. No eixo da educação na contemporaneidade, promoveu-se o diálogo com os autores Pereira (2006), Jakimiu (2021), e com documentos legais CF (1988), LDBEN (1996), PNE (2014), BNCC (2018), etc.; no eixo das políticas públicas, retomou-se Oliveira (2011), Höfling (2001), Sousa e Silva (2016), etc.; no eixo sobre o programa EpV foram utilizados sites e documentos sobre ABC (2018), EpV (2018, 2022; 2023), Fundação Lemann (2019), Lyceum Consultoria Ltda. (2018), Acordo de Cooperação (2019), Plano de Trabalho (2019), etc.; no eixo das percepções docentes, trazendo as análises e discussões, utilizou-se Ball e colaboradores (2021), Freitas (2012; 2014), etc. Para alcançar esse objetivo, optou-se por uma pesquisa descritiva de acordo com Machado (2023), com abordagem quanti-qualitativa, segundo Minayo (2001; 2002). Para gerar os dados, foi aplicado o questionário, com base em Prodanov e Freitas (2013) e análise documental, segundo Guba e Lincoln (1981). O lócus desta pesquisa foi o município de Mamanguape/PB, tendo como participantes dez docentes que atuaram com o programa EpV nas turmas de 5º ano em 2022. Os resultados obtidos após as análises dos dados mostram que os objetivos do programa EpV, em parte, foram alcançados, tendo em vista que 50% dos docentes informaram que os estudantes contemplados com as técnicas e metodologias aplicadas por esse programa, em 2019, ingressaram nas turmas de 5º ano em 2022 apresentando uma leitura satisfatória, e que 60% desses mesmos docentes afirmaram a partir de sua atuação com o programa EpV, em 2022, que a maioria desses alunos apresentou conhecimentos que os denominassem leitores fluentes. No entanto, para se alcançar seus objetivos, o programa EpV apresenta um estreitamento curricular, mudanças de metodologia, fazendo com que o corpo docente perca a autonomia na escolha de materiais didáticos, passando a utilizar um material estruturado. Além de ser constantemente cobrado e supervisionado em sua rotina escolar, no cronograma de atividades, é avaliado de acordo com os resultados obtidos nas avaliações, principalmente, na somativa e as em larga escala, que promovem o ranqueamento entre as escolas, podendo causar, também, o desconforto para alguns docentes caso não consigam alcançar o êxito esperado nessas avaliações.