Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
COSTA, Francisco Fábio Dantas da |
Orientador(a): |
BARROS, Nilson Cortez Crocia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6138
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Resumo: |
O estudo da região não constitui privilégio único da ciência geográfica. No entanto, o geógrafo vislumbra nessa categoria uma importante ferramenta para a apreensão da realidade, uma vez que a mesma encerra valores e estilos de épocas, posturas filosóficas e ideológicas, tendências políticas, níveis diferenciados do próprio processo de conhecimento técnico-científico, entre outros aspectos. Tal condição ajuda a compreender a estagnação de algumas regiões e o dinamismo alcançado por outras, ainda que elas façam parte de um mesmo território. Ela explica também o papel desempenhado por importantes cidades que comandam a organização do espaço no interior das grandes regiões, a exemplo das metrópoles e das megalópoles. Por fim, ela é imprescindível para o entendimento da complexa trama que envolve os atores sociais, suas instituições, suas leis, suas vontades, suas necessidades e seus desejos. A presente pesquisa tem como objetivo estudar a organização espacial na região do Baixo Mamanguape, desde o período inicial de sua ocupação até os dias atuais, propondo uma TIPOLOGIA DE FASES DA DINÂMICA REGIONAL com base nas alterações funcionais e morfológicas identificadas. A partir da análise da literatura e da iconografia existentes; dos dados estatísticos fornecidos pelo IBGE, FUNAI e FUNASA; das informações obtidas a partir do levantamento cartográfico e também nos depoimentos colhidos nos trabalhos de campo, foi possível construir um modelo teórico fundamentado em seis fases, a saber: Fase 1 o Litoral era habitado por grupos indígenas tradicionais (Tabajaras e Potiguaras); Fase 2 o Litoral passou a ser visto como importante reserva de matérias-primas; Fase 3 a região do Baixo Mamanguape foi forjada com base nas atividades econômicas introduzidas pelos colonizadores (a cana-de-açúcar e a pecuária extensiva); Fase 4 a crise política e econômica, o progresso técnico e a nova dinâmica regional; Fase 5 a expansão recente da cultura da cana-de-açúcar e os seus impactos sobre a região (pós-1975); e Fase 6 a institucionalização de áreas de proteção ambiental. Com efeito, a experiência adquirida ao longo desta pesquisa permitiu que nós fizéssemos algumas propostas para amenizar os problemas sociais e ambientais da região. São elas: ampliação das políticas de reforma agrária; promoção de melhorias no interior das aldeias em relação à habitação, ao saneamento básico, à saúde, à educação e à geração de renda; revitalização da atividade industrial têxtil com base em pequenas e médias unidades de produção, capazes de absorver expressivo contingente de trabalhadores; incentivo às práticas do turismo sustentável, aproveitando as imensas potencialidades que a região oferece aos visitantes (patrimônio cultural, arquitetônico e natural) e integrando as populações tradicionais nesses programas; e favorecer o desenvolvimento racional da Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, de modo que as populações possam usufruir das riquezas naturais existentes nesse vasto ecossistema costeiro |