Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Thaianaly Leite
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Orientador(a): |
Bezerra, Taliana Kênia Alencar
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Engenharia de Alimentos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29840
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Resumo: |
A casca de café é o subproduto mais expressivo da indústria cafeeira, e é geralmente descartado ou usado como adubo. O aproveitamento da casca de café pode gerar benefícios ambientais, sociais e aliado a produção orgânica de cultivo mais sustentável esses impactos são mais atenuados. Este subproduto tem sido cada vez mais estudado e utilizado devido às suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, anticoagulante, antimicrobiano e potencial prebiótico. Tais efeitos estão relacionados a compostos bioativos, como os fenólicos e macroantioxidantes vinculados as fibras, que são moléculas importantes capazes de reduzir o estresse oxidativo, regular a expressão de genes, proteger as células do corpo contra os danos de ROS e modular o microbioma intestinal de indivíduos acometidos de diabetes. Diante do exposto objetivou-se através desse estudo avaliar a casca de café orgânico quanto sua composição de compostos fenólicos e macroantioxidantes, capacidade antioxidante in vitro (DPPH, ABTS, ORAC e FRAP), digestão simulada in vitro, bioacessibilidade, efeito anticoagulante, efeitos citoprotetores/citotóxicos sobre células Caco-2 (MTT, e DCF-DA), fermentação colônica in vitro com inóculo fecal de diabéticos além citometria de fluxo e o índice prebiótico. No primeiro estudo baseou-se na realização de três extratos, nomeadamente polifenóis extraíveis (EP), polifenóis não extraíveis hidrolisáveis (HNEP) e polifenóis não extraíveis (NEP), que foram caracterizados e avaliados por suas propriedades bioativas após digestão gastrointestinal simulada. Os resultados mostram que o processo de extração afeta a ocorrência de polifenóis das cascas de café, principalmente para ácido cafeico, ácido gálico e ácido clorogênico. Os polifenóis livres e condensados encontrados nos extratos e na casca não digerida além de propriedades antioxidantes contra os radicais ABTS, FRAP, DPPH e ORAC também tiveram notável biodisponibilidade e potencial anticoagulante. Os resultados do segundo estudo demostraram bom potencial da casca, com atividade antioxidante que manteve consideravelmente o efeito contra todos os radicais em condições gástricas. A amostra também apresentou viabilidade celular e resultou na inibição de ROS em todas as concentrações testadas. Sobre a fermentação fecal, houve correlação positiva da presença da casca na liberação de compostos fenólicos. Já o índice prebiótico positivo foi encontrado para CH, enquanto índice prebiótico negativo foi encontrado para NC, indicando uma sobreposição de bactérias benéficas em detrimento de bactérias indesejáveis durante a fermentação colônica. Tais resultados indicam o grande potencial da casca de café como fonte de compostos bioativos relacionados a efeitos biológicos, celulares e metabólicos importantes na manutenção da microbiota de indivíduos acometidos de diabetes, uma vez que possuem comprometimento da barreira intestinal, e o subproduto pode auxiliar em novas perspectivas para ciência e tecnologia de alimentos como um potencial nutracêutico. |