Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Teodora Tchutcho
 |
Orientador(a): |
Brito, Geraldo Eduardo Guedes de
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
|
Departamento: |
Medicina
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29839
|
Resumo: |
Introdução. Entende-se como trabalho em equipe a junção de várias pessoas que unem esforços para solucionar determinado problema que têm em comum. Em outra vertente, quando duas ou mais pessoas trabalham juntas para executar uma tarefa, essa dinâmica permite compartilhamento de saberes de diversas categorias profissionais, e assim a colaboração facilita a produção do cuidado eficiente. Nesse contexto, o trabalho em conjunto entre as equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) e as Equipes de Saúde da Família (EqSF) possibilita a elaboração de estratégias como da educação permanente para os profissionais e para os usuários, identificação de problemas de saúde e elaboração de abordagens terapêuticas ampliadas. Com vistas a consolidar e apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviço de saúde e acrescer a cobertura, a resolutividade, a regionalização e a territorialização assim como ampliar as ações das AB, o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio da Saúde da Família (NASF), em 2008, sob a Portaria GM nº 154 de 24/01/2008. Em 2017, os NASF foram renomeados com a reformulação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e passaram a se chamar Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica - NASF-AB. Objetivo. Analisar os fatores associados à avaliação do trabalho em equipe entre profissionais do NASF-AB de duas capitais do Brasil. Materiais e Método. Trata-se de um estudo quantitativo e transversal com 182 profissionais do NASF-AB, foram definidas como unidades-caso duas capitais do Brasil: João Pessoa, capital da Paraíba (PB), e Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul (MS). O processo de coleta foi realizado de fevereiro a março de 2020. Para coletar os dados, foi aplicado um questionário estruturado a uma amostra aleatória de trabalhadores de nível superior que compõem as equipes do NASF-AB. Para verificar a homogeneidade da amostra entre os municípios, foi realizado o teste de qui-quadrado (χ2) para comparar a frequência de cada variável independente e dependente nos municípios de João Pessoa e Campo Grande. Para verificar a associação individual entre as variáveis dependentes e as independentes os desfechos foram ajustados nos modelos de Regressão Logística Binária e inseridas no modelo de Regressão Logística Múltipla, quando associados. As associações foram expressas em valores de Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). A pesquisa foi aprovada pelas SMS das duas cidades, e pelos Comitês de Ética em Pesquisa de ciências da saúde da UFPB parecer no. 3.281.041 e da UFMS o parecer nº.3.584.953. Resultados. Verificou-se a predominância do sexo feminino (n=151; 83%), entre 25 a 45 anos de idade (n= 153; 84%), a maioria tinha mais de cinco anos de formado (n=137; 75,2%). Os trabalhadores satisfeitos com a comunicação entre seus parceiros da equipe (OR= 4,83; IC95% 1,52 – 16,49). Apresentaram mais chances de avaliar positivamente o trabalho interprofissional entre o NASF-AB e a ESF os trabalhadores com mais tempo no NASF-AB (OR= 5,82; IC95% 1,39 – 40,77) e que se sentiam realizados com o seu trabalho no NASF-AB (OR= 2,85; IC95% 1,31 – 6,40). Considerações Finais. É possível apresentar algumas proposições para qualificar o cuidado no âmbito da APS e do trabalho em equipe, e foi possível observar a adoção de práticas colaborativas para melhorar o serviço. Entretanto, é necessário capacitar e conscientizar os profissionais das duas equipes (NASF-AB e ESF) nas duas capitais estudadas, quanto ao trabalho compartilhado. Duas das seis competências para a colaboração interprofissional se associaram à avaliação positiva do trabalho em equipe, o que sugere que esse tema deve ser abordado em atividades de educação permanente. Ressalta-se, ainda, que os profissionais do NASF-AB, estudantes de Saúde Coletiva e demais profissionais da Saúde devem fazer atividades de capacitação pautadas no trabalho colaborativo interprofissional, com a finalidade de estimular debates entre os trabalhadores, para que adotem hábitos que proporcionem satisfação no serviço e práticas colaborativos. |