Efeito do treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo, com pressões fixa e ajustável, sobre a pressão de oclusão arterial e desempenho neuromuscular em homens: ensaio clínico aleatorizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Hidayane Gonçalves da lattes
Orientador(a): Santos, Heleodório Honorato dos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa Associado de Pós Graduação em Educação Física (UPE/UFPB)
Departamento: Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29681
Resumo: Introdução: O treinamento de força com restrição de fluxo sanguíneo (RFS) é um método que se baseia na utilização de baixas cargas, utilizando manguitos ou torniquetes infláveis, na região proximal dos membros, superiores ou inferiores, com a finalidade de diminuir o fluxo sanguíneo arterial e obstruir o retorno venoso, visando promover o aumento da força e massa muscular. Porém, lacunas do conhecimento ainda são observadas quando se refere às adaptações crônicas da pressão de oclusão arterial (POA) e desempenho neuromuscular, buscando a necessidade de ajustar ou não a POA durante um programa de treinamento de força com RFS. Objetivo: Analisar os efeitos do treinamento de força de baixa carga (TFBC), com pressões de restrição (fixa, ajustável e 0%), durante 12 semanas, sobre a POA e desempenho neuromuscular, nos membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII), em homens jovens saudáveis. Materiais e Métodos: Participaram do estudo 21 homens jovens (18 a 35 anos), divididos em 3 grupos experimentais: G1: TFBC+RFS/50% da POA fixa (MMSS e MMII; n=7); G2: TFBC+RFS/50% da POA ajustável (MMSS e MMII; n=7) e; G3: TFBC/0% da POA (MMSS e MMII; n=7), que realizaram o treinamento de força de baixa carga com e sem RFS. Os protocolos constaram de 4 séries de 15 repetições, com 30 segundos de intervalo entre as séries, à 30% de 1RM, nos exercícios de flexão de cotovelo e extensão de joelho. Para tanto, os sujeitos dos grupos com RFS, usaram um esfigmomanômetro padrão de pressão para a RFS, que permaneceu inflado durante o protocolo de exercício. O grupo que treinou com 50% da POA fixa continuou os treinos utilizando a pressão de oclusão inicial (pré), enquanto que o grupo que treinou com 50% da POA ajustável, sofreu modificação de acordo com a pressão de oclusão verificada, ao final de cada semana de treinamento. Resultados: Na comparação da POA no MSE e nos MMII (D e E), tanto no grupo de TFBC+RFS fixa, quanto no TFBC+RFS ajustável, se comportou de modo semelhante (P>0,05), entretanto, ambos os protocolos mostraram aumentos na POA quando comparados ao grupo de TFBC (P<0,05). Com exceção apenas na 6ª semana, que houve aumento na POA do MSD nos grupos de TFBC+RFS fixa e TFBC+RFS ajustável (P<0,05). Quanto a força muscular e resistência muscular localizada (RML), nos MMSS e MMII (D e E), observou-se que não houve diferença significante entre os grupos analisados: POA fixa, ajustável e 0% (P>0,05). Porém, na comparação intragrupo, observou-se aumento significante, em todos os grupos, na 6ª e 12ª semanas (P<0,05). Conclusão: Os resultados do presente estudo mostraram que o TFBC+RFS fixa ou ajustável promoveram alterações similares na POA, força muscular e RML, nos MMSS e MMII, em homens saudáveis, apesar do aumento apresentado na POA apenas na 6ª semana no MSD. Portanto, não parece ser necessário realizar o ajuste da POA ao longo de 12 semanas de TFBC com RFS, nestes sujeitos.