Articulações da paródia na coleção devorando Shakespeare

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nóbrega, Caio Antônio lattes
Orientador(a): Azerêdo, Genilda lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30195
Resumo: Essa tese constitui um estudo acerca da paródia nos três romances que compõem a coleção Devorando Shakespeare, publicada no Brasil entre os anos 2006 e 2007. São eles: Trabalhos de amor perdidos (2006), de Jorge Furtado, que retoma a trama da peça homônima de Shakespeare; A décima segunda noite (2006), de Luis Fernando Verissimo, intertexto construído a partir da comédia Noite de Reis; Sonho de uma noite de verão (2007), de Adriana Falcão, escrito com base nos eventos da celebrada peça que empresta seu título à narrativa brasileira. Em relação a essas narrativas, são analisados desdobramentos metaficcionais em três níveis de articulação – cultural, textual-verbal e midiático. Além disso, argumentamos que cada um desses níveis está conectado a um ethos específico da paródia, o que resultou em discussões sobre devoração intercultural, crítica intertextual – na forma de uma ficção teórico-crítica – e memória intermidiática. Nosso referencial teórico-metodológico é composto especialmente pelas discussões de Hutcheon (2000), Rose (1979) e Dendith (2000), no que diz respeito à paródia; por Currie (1995), Hutcheon (1980) e Waugh (1984), em relação à metaficção; por Al-Shara (2009), Fux e Moreira (2008) e Greaney (2006), sobre os postulados da ficção teórico-crítica; e por Bruhn (2016), Rajewsky (2012) e Wolf (2011), em relação à intermidialidade. A partir das análises feitas, foi possível concluir que a paródia é uma estratégia criativa repleta de nuances e substancialmente complexa: os entre-lugares que nutrem a paródia possibilitam diversas novas possibilidades interpretativas, diversas novas chaves de entrada e de saída para as obras, que podem ser muito importantes em meio às distorções e aos novos arranjos visuais decorrentes da reflexividade da casa de espelhos que caracteriza os textos metaficcionais da coleção Devorando Shakespeare.