Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva Neto, Reginaldo Ferreira da
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Orientador(a): |
Pessoa, Ângelo Emílio da Silva
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Paraíba
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
História
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30468
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Resumo: |
Esta dissertação estuda o processo de formação da cidade fabril de Paulista, a partir das relações entre o trabalho, cotidiano e tempo livre (não-trabalho), entre os anos 1904 a 1958, o recorte temporal abrange a compra das primeiras ações da CTP por Herman Lundgren em 1904, e se estende até 1958, no qual foi efetuado o último recenseamento do munícipio pelo IBGE e o último relatório da década de 50 pela CTP. A cidade-fábrica de Paulista, em Pernambuco, na maior parte deste recorte temporal, pertenceu ao munícipio de Olinda, enquanto distrito, somente elevada a município no ano de 1935. Durante esse período citado, o controle da cidade fabril, ficou sob o comando de uma família escandinava e herdeiros, os Lundgren, acionistas em primeiro plano, da fábrica de tecidos Paulista, e posteriormente, proprietários da Companhia de Tecidos Paulista. Construída no ano de 1891, a Companhia de Tecidos Paulista, se tornou o principal elemento regulador e dirigente na vida dos que ali trabalhavam e habitavam. A partir da direção da família Lundgren à frente da fábrica de tecidos, toda a ideia, planejamento e experiência de cidade fabril tomaria forma e se tornaria mais concreta. Para além dos sentidos econômicos e políticos e os elos em torno da indústria do ramo de fiação e tecelagem, se evidenciam, nas construções e vivências cotidianas, relações sociais e espaços de cultura. Dessa forma, a temática central dessa dissertação é a construção do espaço da cidade-fábrica de Paulista, analisando as relações entre a Companhia de Tecidos Paulista e suas vilas operárias, enfatizando as vivências e experiências dos trabalhadores/operários, a sua dependência com a fábrica, os diversos espaços de usos da cidade-fábrica, e a relação da fábrica, vida privada e tempo livre dos trabalhadores/operários, bem como as tentativas de controle desse espaço e desse tempo pela direção da empresa. Para tais abordagens, foram utilizadas variadas fontes, como periódicos, teses e dissertações, obras memorialistas e documentários. As investigações e observações da documentação permitiram expandir uma série de questionamentos e perspectivas dispostas nessa dissertação em três partes: a formação da cidade-fábrica, a partir dos delineamentos feitos pela Companhia de Tecidos Paulista, evidente a partir da década de 1920; o cotidiano, incluindo os espaços de uso, os espaços em disputas e a hierarquização dos espaços de usos e moradia, entre as décadas de 1920 e 1950; e, finalmente, o não-trabalho em sua essência, ou seja, o lazer, educação, os festejos e o futebol, entre o final da década de 1920 a 1950. |