Análise interseccional do perfil do professorado de física do ensino médio na Paraíba e no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Xavier, Maria Kamylla e Silva lattes
Orientador(a): Carvalho, Maria Eulina Pessoa de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Paraíba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/29872
Resumo: Nesta pesquisa de doutorado objetivo analisar o perfil do professorado de Física em exercício no Ensino Médio no Brasil, destacando a rede estadual da Paraíba e considerando aspectos interseccionais. Para a descrição do panorama nacional utilizo os microdados do Censo da Educação Básica de 2020 no formato disponibilizado pelo INEP até fevereiro de 2022, tratados no ambiente de programação R. Para a delimitação do panorama estadual considero, além dos microdados, o material empírico produzido a partir da aplicação de questionário. O referencial teórico se baseia nos Estudos Culturais da Educação e da Ciência, nos Estudos de Gênero e da Interseccionalidade, buscando articular contribuições desses campos para analisar o perfil do professorado de Física. A análise emprega estatísticas descritivas e análise multivariada de dados, discutidas à luz da Interseccionalidade. Os resultados apontam um tipo ou perfil predominante entre os/as professores/as de Física no Ensino Médio no Brasil: masculino, branco, em regime de contratação temporária e lotado na rede pública estadual. Apenas 24,1% têm formação em Licenciatura em Física. No âmbito do estado da Paraíba o cenário se mantém e apresenta desigualdade de sexo/gênero bem maior que a média nacional; e, embora haja maior número de pardos/as, as pessoas pretas, especialmente as mulheres, são mais sub-representadas do que no âmbito nacional. Considero que a articulação de abordagens macro e micro pode ajudar a compreender a desigualdade de gênero, raça e classe que limita o avanço das mulheres na Física, particularmente como professoras na Educação Básica. Os resultados podem contribuir para políticas de formação docente e ações de estímulo ao ingresso e permanência de mulheres na Física e no Ensino de Física.