Gulliver´s Travels na perspectiva adaptada de Clarice Lispector: o leitor infantojuvenilem em questão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: AMORIM, Thaís Fernandes lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0001-5921-1900
Orientador(a): PRESSLER, Gunter Karl lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15195
Resumo: Este trabalho objetiva investigar o conteúdo moralizante e satírico presentes na obra “Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift (1735), na perpectiva adaptada de Clarice Lispector (1973-2008), apontando o tratamento que a escritora dá a esses elementos e como um público infantojuvenil daria conta desses contextos. Considerando que as narrativas, históricas ou literárias, constroem uma representação acerca da realidade e essa representação materializa-se no texto, procuramos compreender a recepção desses textos a partir do texto adaptado de Lispector, entendendo que este é uma instância intermediária entre o autor, a adaptadora e o leitor. Para tanto, abordaremos algumas questões teóricas que lidam com a interpretação e recepção do texto literário (JAUSS, 1979), participação do leitor na construção do (novo) texto (ISER, 1999), portanto retextualizado pela adaptação, a partir do desvelar das metáforas (LAKOFF & JONSON, 2002) e da interpretação de signos, ícones e símbolos (PIERCE, 2005), uma vez que o texto infantil lida com muitas imagens; bem como um fazer tradutório pautado do princípio da equivalência dinâmica (KADE, 1968), pois que a tradutora recria a função que as palavras poderiam ter na situação do texto de partida. Tal incursão é necessária, pois Lispector retextualiza certas passagens de forma metafórica e não usa ilustrações em seu trabalho (recurso recorrente em trabalhos destinados ao público infantojuvenil). Sabendo então que o texto depende da disponibilidade do leitor em reunir tudo aquilo que lhe é oferecido e contribui para a constituição de significados far-se-á uma investigação nas pesquisas de literatura infantojuvenil para discorrer sobre quem são esses leitores, bem como nos estudos da tradução/adaptação de literatura infantojuvenil (LATHEY, 2006; OITTINEN, 2006; VENUTI, 1995), considerando que é a esse texto traduzido e adaptado que o leitor infantojuvenil terá acesso.