Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1987 |
Autor(a) principal: |
PINHEIRO, Roberto Vizeu Lima
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Orientador(a): |
FARIA JUNIOR, Luis Ercílio do Carmo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14938
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Resumo: |
Este trabalho apresenta as características hidrodinâmicas e sedimentológicas do Estuário Guajará, nas adjacências da cidade de Belém. Sua abordagem abrange aspectos geológicos e geomorfológicos, o comportamento das ondas, ventos, marés, correntes de marés e a investigação dos parâmetros físico-químicos das águas, com o objetivo de esboçar um modelo quantitativo para esse ambiente além de apresentar uma proposta para a evolução física da região. Sob o ponto de vista oceanográfico, o Estuário Guajará caracteriza-se pela ausência de estratificação térmica marcante, enquadrando-se como parcialmente misturado, do tipo B na classificação de Pritchard (1955), com apreciáveis variações laterais de salinidade. Está sujeito a um mecanismo de circulação controlado por fortes correntes tidais, as quais definem canais facilmente individualizados de enchentes e vazantes. Dois sistemas principais de ventos são responsáveis pela formação de vários conjuntos de ondas com características que vão depender da velocidade, intensidade, tempo de duração e direção destes em relação a geografia do estuário. As marés e correntes de marés interferem decisivamente na formação das ondas. A maré dinâmica apresenta amplitude média em sizígia e quadratura, no Porto de Belém, em torno de 3,0 m e 2,5 m respectivamente. As correntes de marés em superfície, durante os momentos de mudança de sentido, mostram um mecanismo complexo de circulação, sempre obedecendo as características de individualização dos canais de enchentes e vazantes. O mecanismo de entrada da maré salina obedece, também, a este padrão. A condutividade revelou-se o mais importante parâmetro para a definição do mecanismo de intrusão da maré salina. Importantes variações dos valores médios de pH, concentração de O2 concentração de material em suspensão e da condutividade nas águas estuarinas acompanham, aproximadamente as variações sazonais durante o ano marcadas por períodos muito chuvosos seguidos pela época de estiagem. Variações horárias durante os ciclos de marés, bem como variações decorrentes dos movimentos quinzenais da Lua (sizígia e quadratura) são da mesma forma importantes. A temperatura das águas acompanha as variações de temperatura do ar, na região, com expressivas amplitudes diárias. Os sedimentos holocênicos que preenchem a calha estuarina são predominantemente arenosos, variando de selecionados a bem selecionados, por vezes siltosos. A sedimentação é balizada pelas condições hidrodinâmicas do ambiente, sendo reconhecidas duas fácies texturais importantes: Fácies Lamosa e Fácies Arenosa. A distribuição desta fácies texturais aparentemente oscila em função da periodicidade das marés. A fração pelítica dos sedimentos estuarinos é composta por caolinita, ilita, esmectita e interestratificados de ilita-esmectita, ocorrendo ainda, traços de clorita. Na fração arenosa o quartzo é o mineral principal em associação com grãos de óxido de ferro. Dentre os minerais pesados transparentes predominam estaurolita, turmalina, cianita, zircão, epídoto e anfibólios, além de granada, rutilo e andaluzita. Como áreas fontes principais são apontados os rios Tocantins e Guamá. Além destes, o Grupo Barreiras e os Terrenos Holocênicos deve suprir com sedimentos o leito estuarino. Propõe-se um modelo evolutivo geológico-geomorfológico para o Estuário Guajará, admitindo-se a idade de sua implantação do Holoceno Inferior a Médio, associada as manifestações da Transgressão Flandriana. |