Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Thiago Pereiras de
 |
Orientador(a): |
ASP NETO, Nils Edvin
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
|
Departamento: |
Instituto de Geociências
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11701
|
Resumo: |
O rio Xingu configura-se como um importante afluente do rio Amazonas em termos de descarga de água, destacando-se principalmente pela sua morfologia ímpar e dinâmica sedimentar diversificada. Estudos hidrodinâmicos registram o efeito da maré no baixo rio Amazonas e sua propagação em tributários como o rio Xingu e Tapajós, ambos classificados como tidal rivers. Esses estudos sustentam a hipótese de que o rio Amazonas é um agente regulador no transporte e deposição de sedimentos nesses ambientes, atuando ainda como fonte de sedimentos. Diante disso, este trabalho propôs determinar a possível área de influência do rio Amazonas no baixo rio Xingu através de análises granulométricas, mineralógicas e geoquímicas. Os pontos de coleta de sedimentos de fundo obedeceram a uma extensa malha amostral que abrangeu 109 pontos de coleta transversais e longitudinais de canais principais e secundários do rio Xingu. A determinação granulométrica foi realizada com um analisador de partículas a laser. As análises mineralógicas consistiram em dados de difração de raios-X (amostra total e fração argila) e descrição petrográfica de minerais pesados. As análises químicas totais foram realizadas em amostra total para quantificação dos elementos maiores, traços e terras raras, por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Os resultados demonstraram que os sedimentos do rio Amazonas e Xingu possuem teores variáveis de areia, silte e argila e extrema variabilidade textural. A heterogeneidade da composição textural é atribuída essencialmente às condições hidrodinâmicas de deposição dos sedimentos. A análise mineralógica constatou a presença de trends composicionais relacionados aos argilominerais e minerais pesados, com a associação entre caulinita e minerais ultraestáveis para amostras à montante do rio Xingu e altos teores de esmectita e minerais instáveis para amostras da região de confluência entre rio Xingu e Amazonas, característica similar às amostras do rio Amazonas. Mais além, as análises sugerem que as margens do lago de ria do Xingu atuam como uma terceira possível fonte de sedimentos. Apesar da diversidade de composições texturais, os sedimentos dos dois rios não apresentaram variações significativas de elementos maiores, traços e terras raras ao longo das estações de amostragem, porém os índices de alteração química (CIA) indicaram condições diferenciadas de intemperismo na área fonte dos sedimentos do rio Amazonas e Xingu. O tratamento estatístico dos elementos maiores, traços e terras raras por PCoA e PERMANOVA, confirmou a diferenciação de dois grandes grupos de amostras do rio Amazonas, com relativa similaridade as amostras da região de confluência com o rio Xingu e amostras à montante do rio Xingu, corroborando padrões já indicados pela distribuição granulométrica e mineralógica. De acordo com as análises realizadas, ficou evidente a influência do rio Amazonas na composição dos sedimentos de fundo do rio Xingu em toda a área de confluência com o rio Amazonas. |