Geocronologia das rochas ígneas e mineralizações auríferas associadas da porção Centro Sul do Estado de Tocantins (Região de Porto Nacional – Monte do Carmo)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: BARRADAS, João Augusto da Silva lattes
Orientador(a): LAFON, Jean Michel lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14823
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados geocronológicos obtidos em rochas ígneas e mineralizações sulfetadas e auríferas da área de Monte do Carmo – Porto Nacional, centro-sul do Estado de Tocantins. Foram estudados o Granito Matança, o Granito Lajeado e um conjunto de rochas vulcânicas ácidas, até então sem denominação formal, através das metodologias Rb-Sr e Pb-Pb. A metodologia Pb-Pb também foi empregada na análise das galenas contidas em veios de quartzo auríferos. O Granito Matança forneceu uma idade Rb-Sr de 510 ± 15 Ma, com razão inicial de 0,71286 ± 59 (MSWD = 5,4). Este resultado pode ser interpretado seja como indicativo da época de cristalização do corpo granítico, caracterizando um magmatismo contemporâneo ao Evento Brasiliano, seja como a idade de reomogeneização isotópica durante este Evento. As razões isotópicas encontradas para o chumbo foram baixas e as pequenas variações entre elas favorecem a hipótese de uma idade do Proterozóico Superior para este corpo. Os pontos experimentais obtidos em rocha total e minerais de Granito Lajeado mostram-se fortemente dispersos no diagrama Rb-Sr, refletindo os processos de deformação cisalhante e de alteração hidrotermal ocorridos na região. O melhor indicativo de idade, obtido com as amostras mais preservadas, corresponde a 1741 ± 54 Ma, com razão inicial de 0,72184 ± 249 (MSWD = 6). Pelo método Pb-Pb foram analisadas amostras de rocha total e feldspato, resultando em uma idade isocrônica de 1999 ± 32 Ma (MSWD = 1,5), interpretada como a idade de cristalização do Granito Lajeado. As rochas vulcânicas ácidas mostram um comportamento similar ao do Granito Lajeado. Os dados Rb-Sr são marcados por forte dispersão no diagrama isocrônico devido aos processos deformacionais e hidrotermais tardios. O método Pb-Pb, por outro lado, permitiu determinar a idade de cristalização dessas rochas em 2028 ± 103 Ma (MSWD = 2,5). A similaridade entre os resultados Pb-Pb do Granito Lajeado e das rochas vulcânicas ácidas permite supor que estas unidades litológicas são geneticamente relacionadas. As galenas da área de Monte do Carmo foram analisadas pelo método Pb-Pb. Oito amostras alinharam-se em um diagrama 207Pb/204Pb versus 206Pb/204Pb com uma inclinação de 0,151301 ± 4186 (MSWD = 1,1). Esses dados foram interpretados como uma equação de mistura e a combinação da linha das galenas com a curva de crescimento de CUMMING & RICHARDS (1975) permitiu definir a idade de mineralização em 550 Ma e a sua origem de um material fonte com idade em torno de 2,1 Ga.