Nocicepção em prole adulta de camundongo em exposição à morfina no período gestacional e lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: CASTRO, Nair Correia de Freitas lattes
Orientador(a): MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/7516
Resumo: O uso de morfina como droga de abuso durante a gravidez e lactação induz à efeitos no desenvolvimento do feto que ainda não estão bem elucidados, no qual a exposição perinatal à morfina demonstrou aumento da sensibilidade ao efeito de reforço da morfina na prole adulta. O presente estudo investigou se a exposição à morfina durante a gravidez e lactação pode alterar a nocicepção em prole adulta descendentes de mães tratadas com morfina. Camundongos fêmeas grávidas foram expostas à morfina (10 mg/Kg/dia) por via subcutânea durante 42 dias (21 dias de prenhez e 21 dias de lactação). Ao completar 21 dias, a prole foi sexada em machos e fêmeas, posteriormente, aos 75 dias de vida, submetida aos testes do campo aberto e de nocicepção, pelos métodos da contorção abdominal induzida por ácido acético, placa quente e formalina. No teste da locomoção total, os animais não apresentaram alterações motoras. Nos ensaios de nocicepção, foi observado aumento da resposta nociceptiva de camundongos machos e fêmeas do grupo morfina submetidos ao teste da contorção. Os machos que foram expostos no período perinatal à morfina apresentaram redução do limiar nociceptivo na segunda fase (fase inflamatória) da formalina. Na placa quente, os animais machos e fêmeas apresentaram alteração na sensibilidade à dor, invertendo os perfis de sensibilidade dos seus controles, no qual o grupo de machos exposto no período perinatal à morfina apresentou aumento da sensibilidade ao estímulo térmico aos 120 min do teste e o grupo de fêmeas exposto no período perinatal à morfina apresentou redução da sensibilidade térmica quando comparados aos seus controles. Estes resultados sugerem que exposição à morfina no período intrauterino e lactação afeta os limiares nociceptivos na prole na vida adulta e que esta alteração é depende do tipo e do tempo de exposição ao estímulo nociceptivo.