Maré de resistência: a luta do movimento social ribeirinho diante da implantação portuária do agronegócio no Baixo Tocantins

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, João Sérgio Neves da lattes
Orientador(a): ACEVEDO MARIN, Rosa Elizabeth lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
Departamento: Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14840
Resumo: As comunidades tradicionais ribeirinhas na região das ilhas de Abaetetuba experimentam, com intensidade crescente, os efeitos da construção e operação do complexo portuário da Cargill Agrícola S.A. Os modos de vida, a sobrevivência desses grupos, estão comprometidos e ameaçados pela intensa navegação de barcaças na bacia hidrográfica do Capim. Os novos movimentos sociais estão agora não apenas mobilizados e organizados, na defesa de seu território, mas também em confronto com seus adversários e engajados na luta pelos direitos comuns. Neste estudo busca-se refletir de que forma os movimentos sociais ribeirinhos são capazes de produzir estratégias de ação política, em confronto com o poder econômico da empresa. A articulação das forças, somadas com Instituições de apoio – Cáritas, CPT, STTRA, FASE, MORIVA, MP e Defensoria Pública do Estado – oferecem uma potente forma de resistência organizada aos efeitos danosos dos interesses econômicos da empresa Cargill Agrícola S.A. As informações foram coletadas por meio de levantamento documental e dados da pesquisa de campo, através de métodos qualitativos, com entrevistas às lideranças do movimento social local, no total de (08), e de lideranças das Instituições de apoio, no total de seis (06). Por meio do estudo descritivo das estratégias de ação e dos mecanismos de institucionalização do movimento social ribeirinho no Baixo Tocantins revelou-se que a empresa busca invisibilizar seus direitos territoriais enquanto comunidades tradicionais, e inicia o processo de expropriação, realiza a cooptação das lideranças, estabelece conexões políticas e institucionais com os entes municipais, estaduais e federais, para a concretização da construção do complexo portuário TUP Abaetetuba