Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
BAITELLO, Clara Bezerra de Menezes
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Orientador(a): |
HERRERA, José Antônio
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15401
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Resumo: |
Neste trabalho de pesquisa analisa-se como a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, em Altamira, no Pará, modificou a relação dos ribeirinhos com o seu território tradicional. Com o enchimento do reservatório principal da usina em 2015, mais de 300 famílias que viviam tradicionalmente da pesca são expropriadas do seu território pela concessionária Norte Energia S.A. As empresas terceirizadas, contratadas pela concessionária, passam a determinar, a negociar e a vigiar o território de povos que ancestralmente ali viviam. Os ribeirinhos, cuja subsistência e modo de vida estão direta e intimamente associados ao rio Xingu e à floresta, agora passam a viver longe dos seus locais de pesca e de moradia. Parte-se de uma relativa autonomia socioeconômica e territorial, que antecede a construção da usina, para uma tentativa de controle e de vigilância por parte das empresas e do Estado, influenciando fortemente as dinâmicas de vida e de trabalho locais ao embaraçar assuas redes de vizinhança e parentesco. Nota se, assim, uma mudança na realização das atividades no território, que anteriormente eram organizadas pelos próprios ribeirinhos, de acordo com suas regras e necessidades de subsistência, e que agora passam pelo controle de novos atores, gerando impactos sociais e ambientais. |