A Marinha de Guerra na Amazônia: segurança e modernização (1890-1918)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PEREIRA, Pablo Nunes lattes
Orientador(a): FARIAS, William Gaia lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8738
Resumo: Esta dissertação objetiva discutir o exercício da segurança nacional através do discurso de modernização da Marinha de Guerra na Amazônia no período de 1890 a 1918. O recorte é delimitado pela publicação, em 1890, do livro The influence of sea power upon history 1660-1783, do almirante americano Alfred Mahan, tendo notório impacto sobre a maneira de pensar as marinhas pelo mundo, já que propunha a tese de que o domínio do mar era o elemento essencial para o desenvolvimento das nações, e pelo fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, o que considero marco por tal conflito representar a prova de fogo de todos os projetos de modernização em curso no Brasil e em países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Rússia e Japão e que, portanto, o período posterior a esse provavelmente representou uma guinada técnica na ideia de modernização das forças navais. Considerando a hipótese de que o projeto de modernização pensado de Mahan aos programas navais de 1904 e 1906 representam a construção de uma arte da guerra nos mares diferente de todos os períodos anteriores, e avaliando os seus desdobramentos na Amazônia, concluo que paralelamente a isso, houve a construção de uma arte da guerra nos rios, que respeitava a lógica própria dos meandros hidrográficos. Para defender tal argumento, a dissertação está estruturada em três capítulos: no primeiro, analisa-se o processo e a prática da modernização nas forças navais a nível internacional e nacional, sendo este último representado sobretudo pela esquadra do Rio de Janeiro; no segundo, analisa-se a segurança na Amazônia e a consequente construção da arte da guerra nos rios e no terceiro, os desdobramentos sobre o cotidiano dos militares da Marinha na região, analisado através dos ofícios, das relações sociais dentro da força e pelo corpo e sua relação com a saúde.