“Nesse terreiro tem axé e tem viado”: Experiências homoafetivas e sexualidade em um terreiro de umbanda no nordeste paraense.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ROSÁRIO, Vitor Lean do
Orientador(a): GONÇALVES, Telma Amaral lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15529
Resumo: O terreiro Mina Nagô Cabocla Mariana e Tapinaré das Matas, localizado na cidade de Igarapé-Açu, é um dos principais centros afro-religiosos do município, pois comporta diversos corpos, sexualidades e expressões de gênero que fogem à heteronormatividade, especialmente os homens gays, que habitam o espaço e potencializam a dinamicidade ritualística. Deste modo, esta pesquisa tem por objetivo compreender como se dá o lugar das homossexualidades masculinas que se encontram no Terreiro Mina Nagô Cabocla Mariana e Tapinaré das Matas, seja como rodante, seja como simpatizante da religião, cujas experiências são tecidas com os diversos sagrados presentes no espaço. As vivências, memórias e relações construídas entre os homens gays e as entidades foram analisadas a partir da etnografia, que tem como base demonstrar a instabilidade dos vínculos formados durante os rituais, giras, conversas e conflitos. Além disso, as entrevistas abertas com interlocutores gays e entidades auxiliaram na compreensão das suas subjetividades, concepções e sentidos. Por isso, tais dinâmicas (re)produzidas no terreiro servem como instrumentos de potencialização dos contatos entre homens gays, caboclos, exus, pombagiras, erês, preto-velhos, dentre outras entidades que povoam o visível e o invisível do terreiro. Desta forma, analiso como estes corpos dissidentes também fazem parte da constituição do sagrado na casa de umbanda.