Caracterização vocal de pacientes portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: FREITAS, Milena Silva de lattes
Orientador(a): SILVA FILHO, Manoel da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Voz
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9525
Resumo: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica caracterizada por dano tecidual progressivo. Nas últimas décadas os novos tratamentos aumentaram muito a vida útil dos pacientes com LES. Isso cria uma alta demanda para identificar os sintomas gerais associados ao LES e desenvolver terapias que melhorem sua qualidade de vida sob cuidados crônicos. Nós hipotetizamos que os pacientes com LES deveriam apresentar sintomas disfônicos. Dado que os distúrbios da voz podem reduzir a qualidade de vida, a identificação de uma potencial disfonia relacionada ao LES pode ser relevante para a avaliação e o manejo desta doença. Medimos os parâmetros vocais GRBAS em pacientes com LES e no grupo controle. Os pacientes com LES também preencheram um questionário relatando déficits vocais percebidos. Os pacientes com LES tiveram uma intensidade vocal significativamente menor e uma HNR ruim, bem como aumento dos valores de jitter e shimmer. Todos os parâmetros subjetivos da escala GRBAS foram significativamente anormais em pacientes com LES. Além disso, a grande maioria dos pacientes com LES (29/36) relatou pelo menos um déficit vocal percebido, com déficits mais prevalentes sendo fadiga vocal (19/36) e rouquidão (17/36). Os déficits de voz auto relatados foram altamente correlacionados com os scores de GRBAS alterados. Além disso, os scores de danos nos tecidos nos diferentes sistemas de órgãos correlacionaram-se com os sintomas disfônicos, sugerindo que algumas características da disfonia relacionada ao LES se devem a danos nos tecidos. Nossos resultados mostram que uma grande fração de pacientes com LES sofre de disfonia perceptível e pode se beneficiar da terapia de voz para melhorar a qualidade de vida.