Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
CRISTO, Amanda Mesquita
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Orientador(a): |
TEISSERENC, Maria José da Silva Aquino
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13776
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo analisar ações e organizações de atores mobilizados em processos que se configuram como lutas contra a injustiça ambiental e pelo bem viver na comunidade de São Sebastião do Burajuba em Barcarena, município do estado do Pará, como resistência a questões ligadas as injustiças ambientais quanto o acesso e o uso da água, em um contexto marcado pelas atividades de mineração. Atividades essas, consideradas como poluentes em grau elevado resultam em alterações significativas no ecossistema, nos modos de vida, nas práticas econômicas e culturais de comunidades quilombolas, indígenas, agricultoras, extrativistas e pescadoras. Para tal recorreu-se aos conceitos de Justiça Ambiental de Acselred (2010) e Bem Viver de Acosta (2016), compreendendo-se que a natureza e seus recursos são referências ligadas a uma filosofia de vida parte de inúmeras historiais de luta e resistência das chamadas populações tradicionais. Defender-se da injustiça colocada quanto à distribuição desigual dos riscos pelas atividades industriais apresenta-se na forma de denúncia e enfrentamentos em Barcarena realizados pela Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama) e pela comunidade quilombola São Sebastião do Burajuba. Trata-se de uma pesquisa de metodologia qualitativa, em que além da análise de dados e de bibliografia básica, realizou-se entrevistas com diversos atores da comunidade Burajuba, incluindo membros da Cainquiama. A pesquisa também aponta que a luta pela justiça ambiental tem um longo caminho a percorrer, principalmente num país marcado por várias desigualdades sociais e territoriais. Os resultados indicaram que as emissões de poluentes industriais têm como destinação parte de um território onde vivem populações de origem étnico-raciais cuja situação socioeconômica torna-se desfavorecida. |