“EM TODO TEMPO MULHER FOI TAPETE”: A escrevivência de um corpo rebarbado sobre as relações assimétricas de gênero na Assembleia de Deus em Boa Esperança - PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: COSTA, Thaís de Oliveira lattes
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0001-6035-1310
Orientador(a): BUENO, Michele Escoura lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia
Departamento: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16364
Resumo: Este texto sintetiza parte dos resultados da pesquisa que desenvolvo desde 2018 e centra-se nas discussões referentes à liderança de mulheres na igreja evangélica Assembleia de Deus. A instituição, fundada em 1911, em Belém do Pará, com o passar dos anos difundiu-se para outros estados fora da Amazônia Paraense e atualmente está presente em todos os estados brasileiros. Partindo de um viés colonialista, a igreja construiu sua hierarquia na sacralização da desigualdade de gênero, reservando às mulheres, principalmente negras, papéis subservientes e não permitindo que estas ascendessem na hierarquia eclesiástica. Esse fator endossa a postura androcêntrica da igreja que, em seus 110 anos de fundação, nunca consagrou mulheres aos cargos de liderança eclesiástica, mesmo tendo uma mulher como pioneira na fundação na igreja e um público de maioria feminina negra. Buscando desenvolver uma escrevivência, como propõe dona Conceição Evaristo, delimitei como “campo de pesquisa etnográfica” a comunidade cristã da qual sou “membra desviada”, cuja sede fica em Boa Esperança, na zona rural do município de Santarém, no Oeste do Pará. Mais especificamente, o trabalho se desenvolveu por meio do diálogo entre a pesquisadora rebarbada e as integrantes do Círculo de Oração. Em suma, esse texto é sobre como operam as estruturas de opressão que atuam sobre os corpos das mulheres e de suas subjetividades dentro da igreja.