Responsividade de parâmetros neuromusculares e capacidade funcional a dose mínima de treinamento resistido em mulheres de meia-idade e idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: NORONHA, Ádria Samara Negrão lattes
Orientador(a): COSWIG, Victor Silveira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16175
Resumo: O treinamento resistido (TR) é uma estratégia eficaz para amenizar a perda de força muscular e riscos de limitações funcionais que ocorrem drasticamente a partir dos 55 anos. No entanto, há evidências de variações interindividuais na capacidade de resposta ao TR, visto que algumas pessoas podem ser responsivas e outras não-responsivas ao mesmo protocolo. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi verificar a responsividade de mulheres de meia-idade e idosas submetidas ao TR com abordagem de dose mínima e verificar o efeito do protocolo sobre a força muscular e capacidade funcional das participantes. Participaram desta pesquisa 22 mulheres não treinadas, com média de idade de 64,3 ± 7,2 anos, massa corporal de 65,5 ± 9,2 kg e estatura de 152,3 ± 4,3 cm, aleatoriamente designadas para o Grupo Intervenção (INT), submetidas ao protocolo de dose mínima durante 4 semanas ou para o Grupo Controle (CON), que participaram de duas palestras e duas aulas de alongamento. As participantes realizaram as avaliações de força (1 repetição máxima no Leg press 180º, Remada sentada e Supino reto) e capacidade funcional (timed up and go, Physical Performance Battery) antes e ao final das 4 semanas. Para a análise estatística foi realizada a Análise de Variância de medidas repetidas e post-hoc de Bonferroni para dados com distribuição normal, teste Mann Whitney U para dados não normalmente distribuídos, Deltas de variação (Δ%) para apresentar percentuais de mudanças e teste t independente para comparar as médias de percentuais de mudanças entre grupos. O nível de significância adotado foi p< 0,05. O teste de Levene foi usado para verificar a variância entre grupos. Para classificação da responsividade, o desvio padrão da pontuação de alteração no CON foi multiplicado por 1.96. Indivíduos fora dessa faixa foram classificados como Altos respondedores ou Baixos respondedores. Os resultados sugerem 16,6% de Altos respondedores no 1RM do supino reto e 8,4% na estimativa de 1RM no mesmo exercício, com 25% de Altos respondedores para velocidade média e de pico do teste Sentar e Levantar. Com relação às diferenças médias, observou-se aumentos significativos de força muscular somente para INT, sem diferenças entre grupos. Desse modo, conclui-se que 4 semanas de TR realizado com abordagem de dose mínima apresenta uma pequena taxa de Altos respondedores para força de membros superiores e para velocidade de membros inferiores. Além disso, a dose de treinamento utilizada parece ser insuficiente para gerar adaptações de força muscular e capacidade funcional maiores que o controle em mulheres de meia-idade e idosas.