Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
VIEIRA, Kátia Lamarão
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Orientador(a): |
LIMA, Rafael Rodrigues
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13402
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Resumo: |
O etanol (EtOH) é uma droga psicotrópica, depressora do sistema nervoso central (SNC), porém bastante incentivada e consumida pela sociedade brasileira, como também em grande parte do mundo, refletindo em um problema de saúde pública. Nas últimas décadas, adolescentes têm exercido uma prática bastante comum, que é o binge-drinking. O consumo nocivo do EtOH promove além de alteração biopsicossocial, o desequilíbrio homeostático que causa a neurodegeneração e perda de função com desordens motoras. Em contrapartida, a prática do treinamento físico moderado (TFm) tem sido recomendada para a manutenção da saúde física e mental, como também prevenção ou minimização do desenvolvimento de algumas doenças devido a atividade motora induzir mudanças plásticas e dinâmicas no SNC, de forma favorecer a neurogênense, sinaptogênese e a angiogênese, além de contribuir para a modulação sináptica. Tendo em vista os benefícios do TFm, foram investigados os efeitos neuroprotetores sobre os parâmetros motores, teciduais e bioquímicos no cerebelo de ratos expostos ao EtOH no padrão binge, da adolescência a fase adulta. Para isso, foram utilizados 40 ratos Wistar machos com 30 dias de vida, e divididos em quatro grupos, sendo o controle, com animais sedentários e tratados com H2O destilada; o treinado, composto por animais exercitados e tratados com H2O destilada; o EtOH, formado por animais sedentários e tratados com doses de 3 g/kg/dia de EtOH, 20% (p/v); e o Treinado + EtOH, com animais exercitados e tratados com doses de 3 g/kg/dia de EtOH, 20% (p/v). O protocolo de TFm foi realizado em uma esteira para roedores durante 5 dias, por 4 semanas e as doses do EtOH no padrão binge, foram administradas por gavagem intragástrica nas mesmas semanas do TFm. Após o término desse período, os animais foram submetidos aos testes comportamentais de campo aberto e beam walking. Em seguida, eutanasiados para a coleta do cerebelo, avaliando a imunohistoquimica a partir dos os níveis da capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC), da glutationa reduzida (GSH), nitrito e peroxidação lipídica (LPO); como também, a morfologia das células de Purkinje (CsP), a fração de área imunomarcada por anti-sinaptofisina (SYP), e anti-proteína básica de mielina (MBP). De acordo com o resultado, o EtOH causou acentuado estresse oxidativo e danos motores, porém a execução do TFm realizado paralelamente ao tratamento com EtOH promoveu efeitos neuroprotetores no cerebelo dos ratos, entre eles, a modulação da bioquímica oxidativa pela restauração dos níveis de GSH, redução dos níveis de LPO e aumento do TEAC, como também, evitou perda neuronal, danos às vesículas sinápticas (SYP) e componentes mielínicos (MBP). Portanto, o TFm pode ser considerado como uma estratégia terapêutica significante para aquisição da homeostase redox, evitando assim o desequilíbrio oxidativo, como também, danos teciduais e funcionais no cerebelo de ratos tratados por EtOH no padrão binge. |