Espécies arbóreas e suas relações com variáveis climáticas sob influência de deficiência hídrica no solo da floresta de terra firme em Caxiuanã, Pará, Brasil.
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
|
Departamento: |
Instituto de Geociências
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15854 |
Resumo: | A intensidade e frequência das secas severas na região amazônica estão aumentando frente às mudanças climáticas globais e podem interferir no comportamento das plantas. Assim, esta tese analisou a composição florística, riqueza, diversidade e abundante distribuição de espécies e incremento diamétrico de grupos de espécies vegetais ao longo do tempo em áreas de floresta, sem exclusão hídrica e com exclusão hídrica no solo, relacionando também a dinâmica de crescimento de grupos de espécies com variáveis climáticas. Os dados foram coletados em 98 subparcelas na área A (sem exclusão hídrica) e em 98 subparcelas na área B (com exclusão hídrica), cada uma medindo 10 m x 10 m, nas quais foram inventariadas todas as espécies vegetais com o diâmetro à altura do peito (DAP≥10 cm). Na área sem exclusão hídrica e na área com exclusão hídrica foram monitorados 378 e 356 indivíduos vegetais, respectivamente, por meio de cintas dendométricas que permitiram aferir mensalmente o incremento diamétrico das espécies. As famílias Fabaceae, Sapotaceae, Chrysobalanaceae, Burseraceae foram as mais representativas nas áreas de estudo, com destaque para Fabaceae que apresentou maior riqueza. Na área A houve pequena variação da riqueza observada, sendo que a uniformidade da comunidade e o índice de diversidade mantiveram-se constantes, enquanto na área B a variação de riqueza foi maior, que pode ter contribuído para uma pequena mudança no índice de diversidade ao longo do tempo. Os melhores modelos ecológicos ajustados foram o Zipf e Zipf-Mandelbrot para a comunidade vegetal das áreas A e B, respectivamente. O comportamento do incremento médio diamétrico das árvores foi diferente entre as classes de diâmetro e entre as classes de densidade da madeira nas duas áreas analisadas. Nas áreas A e B observou-se que os indivíduos agrupados na classe alta de diâmetro inclinaram-se a apresentar uma média de incremento diamétrico anual maior em relação as outras classes diamétricas média e baixa, e, os indivíduos agrupados dentro da classes baixa e alta de densidade da madeira apresentaram o maior e menor valor de média de incremento anual, respectivamente. As variáveis meteorológicas, velocidade do vento e temperatura média, apresentaram correlações negativas e significativas com o incremento diamétrico mensal por classes de diâmetro e de densidade, já a radiação fotossintética ativa não apresentou correlação significativa. Considerando as árvores pertencentes a classe alta de diâmetro e as agrupadas dentro da classe baixa de densidade, uma vez que mesmo sendo submetidas ao déficit hídrico, continuaram a ter uma média maior com variação menor de incremento diamétrico em relação as outras classes, sendo possível inferir que são mais resistentes a deficiência hídrica que as árvores pertencentes a outras classes diamétricas e de densidade da madeira. Portanto, pode-se concluir que a floresta aparenta está bem estabelecida com elevada riqueza de espécies e diversidade, e, que a restrição hídrica no solo ao longo do tempo de dez anos de estudo não foi suficiente para interferir no estado de conservação do ambiente de maneira tão expressiva. |