Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
MENDONÇA, Evelyn Tayana Maciel
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Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0002-2310-9354 |
Orientador(a): |
GONÇALVES, Lucia Hisako Takase
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15656
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Resumo: |
A taxa de infecção pelo HIV tem aumentado entre as pessoas na terceira idade. Da mesma forma, o prolongamento da atividade sexual na velhice tem sido estimulado pelo incremento cada vez maior de vida social e ao crescimento da indústria farmacêutica. Contudo, a concepção do idoso como assexuado, inclusive entre os profissionais de saúde, tem reduzido o espaço para que o idoso manifeste sua sexualidade ou para que discuta sobre o assunto de forma a se munir de informação, resultando em práticas sexuais perigosas e no afastamento de sua saúde sexual. Objetivou-se nesse estudo analisar como o conhecimento sobre HIV/AIDS entre as infecções sexualmente transmissíveis reflete a vivência da sexualidade dos usuários idosos de uma Unidade Básica de Saúde do município de Belém-PA. Para tanto, optou-se pela abordagem da investigação avaliativa, adotando-se a triangulação de métodos. Em atendimento ao primeiro objetivo de avaliar o conhecimento dos idosos sobre HIV/AIDS aplicando-se o Questionário sobre HIV para a Terceira Idade. Já para atender ao segundo objetivo, de explorar como pensam e vivenciam os idosos à sua sexualidade, adotou-se a técnica do grupo focal, aplicando-se em dois grupos separados de homens e mulheres. Os dados obtidos pelo questionário foram tratados e analisados pela estatística descritiva simples, resultando no fato de que os idosos participantes dessa pesquisa possuem algum conhecimento sobre a AIDS, principalmente em relação aos domínios ―conceito‖, ―transmissão‖ e ―prevenção‖, entretanto, observou-se a existência de lacunas de conhecimento principalmente sobre a fase assintomática da doença e as formas em que não ocorre transmissão do vírus. Além disso, 93% deles não usam camisinha em sua prática sexual e somente 40% já realizou o teste HIV. Os dados obtidos pela técnica do grupo focal foram tratados pela técnica de Análise de Conteúdo Temática, emergindo assim quatro categorias: sexualidade do idoso entre os desafios do envelhecimento e do preconceito; idosos viúvos: a influência do estado civil na sexualidade; a negociação do uso do preservativo entre os casais de idosos: entre a confiança e a suspeita de infidelidade; a enfermagem entre o velho e novo: uma conversa sobre IST e HIV/AIDS com idosos. Concluiu-se que conhecer nem sempre reflete atitudes positivas em relação à prevenção do HIV/AIDS e outras IST. Os idosos não usam o condom pela: confiança no parceiro, relação de poder do homem sobre a mulher, alterações biológicas e falta de hábito. A ausência de iniciativas de prevenção das IST e AIDS específica para a população idosa, a concepção do idoso como assexuado, bem como o despreparo dos profissionais de saúde, dificultam o alcance da saúde sexual dos idosos. Para alcançá-la torna-se essencial que a enfermagem incorpore ao ensino e à pesquisa uma discussão ampla sobre a sexualidade enquanto necessidade humana fundamental, inclusive para os idosos, bem como à sua práxis, contemplando o idoso em sua integralidade, aumentando as oportunidades de prevenção, diminuindo as diferenças e relações de poderes entre os gêneros e possibilitando o exercício pleno de sua sexualidade. |