“ Roçado vira capoeira! ”: dinâmica das práticas agrícolas de tiradores de açaí no município de Afuá – Pará
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
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Departamento: |
Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14948 |
Resumo: | Esta dissertação descreve e analisa a articulação das práticas agrícolas e extrativas por tiradores de açaí, através de estudo de caso em uma vila ribeirinha na Ilha da Queimada, município de Afuá, Estado do Pará, Brasil. Descrevemos e analisamos as práticas agrícolas e extrativas, as relações sociais envolvidas e o conhecimento tradicional associado. As análises foram realizadas por métodos qualitativos e abrangeu três unidades de produção familiar e 17 áreas de roçados (atuais e de anos anteriores). Como resultados obtivemos o histórico das famílias e sua relação com os roçados, bem como a medição e mapeamento de cada uma das áreas de roçado analisadas, identificando-se os principais cultivos. A observação participante e as entrevistas durante as atividades cotidianas permitiram o registro do histórico de uso das áreas, dos processos de tomada de decisão, e das relações sociais entre e dentre as unidades familiares envolvidas. Nessa análise buscamos compreender a gestão das unidades de produção familiar sobre os recursos naturais disponíveis, visando a reprodução física e social do grupo enquanto camponeses amazônicos autônomos. As transformações sociais do grupo de tiradores de açaí se relacionam não somente a relações fundiárias, mas também a gestão e manejo dos recursos. Os resultados indicam que a articulação de atividades do roçado com a extração de açaí e de palmito, resultando na diversificação dos cultivos agrícolas, no arranjo das espécies e na determinação das atividades sazonais são práticas adotadas pelas unidades familiares para garantir direitos de uso e de acesso e também a sustentabilidade dos recursos. Sobretudo, os resultados mostram que, apesar da visibilidade alcançada pelo açaí devido ao aumento de demanda no mercado regional, nacional e internacional, a sua articulação com práticas agrícolas e extrativas diversificadas é que garantem a autonomia dessa comunidade tradicional representativa do campesinato amazônico. |