Perfil comparativo-tipológico das consoantes nasais em línguas da família Tupí-Guaraní

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BARAÚNA, Fabíola Azevedo lattes
Orientador(a): PICANÇO, Gessiane Lobato lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8119
Resumo: Este trabalho visa traçar um perfil comparativo-tipológico das variantes fonéticas de consoantes nasais em línguas pertencentes à família Tupí-Guaraní. Quanto à seleção das línguas analisadas, decidiu-se pela inclusão de línguas de diferentes ramos da família Tupí-Guaraní, considerando-se a classificação interna sugerida por Rodrigues e Cabral (2002), no intuito de aumentar a abrangência do campo de estudos tipológicos com relação às línguas Tupí. Foram escolhidas as línguas Parakanã e Tembé (Ramo IV), Wayampi (Ramo VIII), Asuriní do Xingu, Anambé e Araweté (Ramo V), que contam com gravações originais em áudio obtidas junto a falantes nativos; para os aspectos fonológicos, o estudo tomou como base as propostas já disponibilizadas para essas línguas. A pesquisa consiste na análise fonético-acústica das consoantes nasais de línguas Tupí; fazendo generalizações tipológicas sobre como estas consoantes se manifestam. Os resultados encontrados são discutidos à luz da fonologia articulatória (BROWMAN E GOLDSTEIN, 1989) que defendem a ideia de que as unidades lexicais podem ser descritas com base em gestos articulatórios coordenados tanto no espaço quanto no tempo, representados pelo que os autores denominam como gestural score. Têm-se ainda nos resultados uma comparação das nasais entre as línguas Tupí, evidenciando tendências e padrões existentes a partir da constatação das implementações fonéticas para as nasais das línguas apresentadas. Verificou-se que quando ocorre a oralização parcial nas consoantes nasais, as línguas Tupí-Guaraní pertencentes ao ramo IV manifestam uma tendência de apresentar pré-oralização das nasais, enquanto que as línguas pertencentes ao ramo V tendem a apresentar pós-oralização das nasais. Este resultado mostra-se como um argumento favorável à divisão dos ramos da família Tupí-Guaraní, proposta por Rodrigues (1986) e revisada por Rodrigues e Cabral (2002).