Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
MIRANDA, Camille Cardoso
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Orientador(a): |
PICANÇO, Gessiane Lobato
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Letras e Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9834
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Resumo: |
Este trabalho objetiva descrever os padrões do fenômeno de nasalização em línguas indígenas da família Tupí-Guaraní, tronco Tupí. Foram analisadas 27 línguas que compõem esta família: Mbyá, Kaiowá, Guaraní-Paraguaio, Guaraní-Antigo, Nhandewa, Tapieté (Ramo I); Sirionó (Ramo II); Nheengatú, Tupinambá (Ramo III), Tembé, Parakanã, Suruí-Tocantins, Avá-Canoeiro, Tapirapé (Ramo IV); Anambé, Araweté, Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká, Tenharím, Uru-Eu-Uau-Uau (Ramo VI), Kamayurá (Ramo VII), Guajá, Ka'apor, Zo'e, Emerillon e Wayampi, (Ramo VIII). Para averiguação do processo de nasalidade em línguas Tupí-Guaraní utilizamos como pressuposto teórico principal a abordagem tipológica de Walker (1998) para verificar e compreender, a partir de uma hierarquia tipológica de harmonia nasal, segmentos que podem se comportar tanto como gatilhos ou alvos do espalhamento nasal. O estudo também utiliza as considerações de Ohala (1981, 1993) e Cohn (1990, 1993) para examinar o processo de nasalização como efeito fonético e não fonológico. Em relação aos segmentos que são gatilhos, ou seja, aqueles iniciam o processo de nasalidade, foram vistos que consoante nasal (N) e vogal nasal (Ṽ) são fontes de nasalidade predominantes em quase todas as línguas. Contudo, em Suruí-Tocantins, Parakanã, Tembé e Apiaká (Ramo IV e VI), apenas foi verificada nasalidade sendo desencadeada por N, já em Sirionó (Ramo II) e Tapirapé (Ramo IV) a nasalidade é condicionada apenas por Ṽ. Para os segmentos alvos, as línguas foram classificadas em quatro tipos diferentes, conforme a escala implicacional de harmonia nasal de Walker. A língua Sirionó (Ramo II), e as línguas dos Ramos IV e VI tendem a ter vogais sendo predominantemente nasalizadas (tipo 1), enquanto Tupinambá, Nheengatú, Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu, Ka'apor and Zo'e (Ramos III, IV e VIII) têm vogais + glides sofrendo a nasalização (tipo 2). A língua Kamayurá pertencente ao Ramo VII exibe vogais + glides + líquidas sendo afetadas pelo processo de nasalidade; o mesmo ocorre com a língua Guajá (Ramo VIII). As línguas do Ramo I (com exceção de Tapieté), Wayampi e Emerillon (Ramo VIII) exibem o tipo (5), em que todos os segmentos são afetados pela harmonia nasal. O estudo também examinou segmentos que são bloqueadores do processo de nasalidade. As línguas que apresentam segmentos bloqueadores (especialmente as obstruintes surdas) são: Tapieté (Ramo I); Tupinambá, Nheengatú (Ramo III); Avá-Canoeiro (Ramo IV); Anambé, Araweté e Asuriní do Xingu (Ramo V); Kayabi, Apiaká (Ramo VI); Kamayurá (Ramo VII); Guajá, Ka'apor e Zo'e (Ramo VIII). Já as outras línguas apresentam obstruintes surdas sendo transparentes ao processo de nasalidade. A direcionalidade do espalhamento é predominantemente regressiva, embora possa ter também o espalhamento progressivo ou bidirecional, esses dois últimos são bastante frequentes em processos morfofonológicos. O domínio da nasalidade é dois tipos: Local, quando é N e a palavra quando é Ṽ. Em suma, o trabalhou compreende-se em diversas etapas que auxiliaram na averiguação do fenômeno de nasalização nas línguas Tupí-Guaraní. A abordagem apresentada neste estudo é tipológica, uma vez que utiliza de métodos translinguísticos para verificar, entre as línguas investigadas, padrões semelhantes e diferentes relacionados ao tema em questão. Assim, a pesquisa realizada nessa dissertação buscou ampliar cada vez mais informações importantes sobre o processo de nasalização nessas línguas. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para análises futuras referentes à tipologia fonológica em línguas indígenas brasileiras. |