A adoção de práticas agroecológicas por camponeses: estudo de caso no oeste maranhense
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas
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Departamento: |
Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15259 |
Resumo: | A agroecologia tem sido definida como ciência, movimento social e conjunto de práticas alternativas. Neste trabalho analisamos as duas últimas dimensões. Para estudar a organização social da agroecologia brasileira utilizamos a teoria do processo político, encontrando evidências de que o movimento agroecológico brasileiro cumpre os requisitos desta proposta teórica para ser considerado um movimento social. Num segundo artigo focamos nosso olhar na problemática em torno da adoção de tecnologias por parte dos camponeses no Oeste maranhense. Partindo de um enfoque sistêmico do estabelecimento agrícola e da construção de uma tipologia dos sistemas de produção encontrados na região, analisamos as dificuldades relativas à adoção da agroecologia, percebida como uma mudança técnica de origem exógena. Para tanto, foram realizadas observação participante, diagnóstico rural participativo e entrevistas semiestruturadas em 38 famílias camponesas em três comunidades rurais. Também exploramos as possibilidades de integração da agroecologia na dinâmica de transformação dos sistemas produtivos, constituindo um processo de inovação endógeno. No terceiro artigo aplicamos os conceitos de estratégia e tática ao processo de tomada de decisões dos camponeses quanto à adoção de práticas agroecológicas. Focando naqueles que escolheram a estratégia da diversificação da propriedade, encontramos uma variedade de estratégias de diversificação e que os critérios seguidos para a tomada de decisões estratégicas são diferentes dos aplicados para as decisões táticas. Num quarto artigo buscamos compreender as motivações dos agricultores familiares do Oeste maranhense para fazerem suas escolhas produtivas e tecnológicas, entendendo os fatores históricos decisivos para a diferenciação dos sistemas de produção, que fizeram com que alguns tiveram possibilidade de aderir às práticas agroecológicas e outros não. Através da análise retrospectiva, identificamos dois vetores de transformação, que contribuem a que os agricultores familiares deem respostas diferentes às mesmas influências do meio. Variáveis externas, unidas a decisões produtivas da família, influenciam no percurso histórico das propriedades. Constatamos que nem sempre a promoção da agroecologia condiz com a lógica dos agricultores familiares. Porém, quando existe efetivo acompanhamento técnico e se criam grupos permanentes de interesse por esta inovação, cria-se um ambiente em que os camponeses sentem-se mais confiantes para adotarem as práticas agroecológicas. |