Avaliação do dano neural periférico sensitivo e motor em pacientes hansenianos, com HIV/AIDS e co-infectados Hanseníase/HIV utilizando-se a avaliação neurológica simplificada e técnicas complementares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ACÁCIO, José Augusto Bastos lattes
Orientador(a): XAVIER, Marília Brasil lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9105
Resumo: Segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2014 o Brasil teve 24.612 novos casos de hanseníase. O número de indivíduos vivendo com o vírus HIV aumentou 11% no Brasil entre 2005 e 2013. A hanseníase e a infecção pelo HIV são duas doenças infecciosas crônicas que possuem sobreposição geográfica importante em nosso país. Por conseguinte, a co-infecção dessas duas doenças, tornou-se, também, importante no que se refere à saúde pública. No entanto, estudos recentes demonstraram que a sobreposição dessas duas doenças não altera a evolução clínica (imunológica ou histológica) das mesmas, e que a incidência de hanseníase não é aumentada em pacientes infectados pelo HIV. O Mycobacterium leprae não apresenta aumento na soroprevalência na co-infecção com o HIV, assim como a imunodepressão generalizada da aids não interfere na maneira de apresentação da hanseníase. Este estudo tem como objetivo avaliar o dano neural periférico em pacientes hansenianos, com HIV/aids e co-infectados hanseníase/HIV utilizando-se o protocolo de avaliação do Ministério da Saúde e uma avaliação complementar para verificar possíveis interferências de fatores relacionados á infecção pelo HIV na avaliação neurológica do paciente co-infectado hanseníase/HIV. Foi desenvolvido através de um estudo transversal analítico comparando três grupos: (1) com 20 pacientes portadores de hanseníase; (2) com 20 pacientes portadores de HIV/aids e (3) com 18 pacientes portadores de co-infecção hanseníase/HIV. A avaliação neurológica simplificada quando utilizada no grupo de portadores do vírus HIV e no de portadores de co-infecção hanseníase/HIV não conseguiu identificar, quando presente, o dano neural proveniente da infecção pelo vírus HIV ou do uso da TARV nos grupos em questão, pois não investiga alterações neuromusculares importantes e características das polineuropatias periféricas que acometem o paciente com HIV/aids, mas não portador de hanseníase. a avaliação complementar proposta neste estudo foi importante para detectar alterações importantes que poderiam passar despercebida nos três grupos estudados. Principalmente para portadores do vírus HIV, onde parece não haver um guia que norteie a avaliação neurológica no que se refere a comprometimentos do sistema nervoso periférico nesse grupo. O que possibilitaria detecção precoce e a consequente terapêutica que possibilitasse ações de prevenção ou tratamento para o quadro encontrado, impedindo assim, o possível agravamento e a instalação de sequelas que pudessem vir a interferir no bem estar bio-psico-social desse indivíduo.