Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
NUNES, Mayara Mariana Costa
 |
Outros Autores: |
https://orcid.org/0000-0001-9858-0709 |
Orientador(a): |
BEZERRA, Isis Abel
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Antrópicos na Amazônia
|
Departamento: |
Campus Universitário de Castanhal
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15409
|
Resumo: |
As regiões Nordeste e Sudeste Paraenses concentram alta de incidência de casos de leishmaniose tegumentar americana (LTA). Trata-se de uma enfermidade caracterizada como uma das principais doenças tropicais negligenciadas e que se constitui em um desafio para saúde pública, requerendo um grande esforço operativo, técnico e político, dado o caráter ambiental envolvido na epidemiologia da doença. Nesse cenário, compreender o comportamento secular da enfermidade, considerando as peculiaridades regionais pode ser de grande valia para o planejamento de ações futuras. Esse estudo se propôs a analisar a distribuição espaço-temporal da LTA em 12 municípios que integram um circuito de produção da doença nas mesorregiões Sudeste e Nordeste do estado do Pará. Para tanto, foi desenvolvido um estudo descritivo do tipo ecológico, de natureza quantitativa, realizado por meio de uma investigação retrospectiva de dados clínicos, espaciais e epidemiológicos da LTA, com base nos dados colhidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação nos anos de 2006 a 2020. No total, foram notificados 5.097 casos da doença durante o período do estudo. A incidência flutuou ao longo do período analisado, variando de 0,64/10.000 habitantes em 2006 a 11,5/10.000 hab em 2007, apresentando uma tendência estacionária. Os dados sociodemográficos revelaram que a doença acomete prioritariamente homens (83,6%) em sua fase mais produtiva (75,7%) e que a doença está relacionada com atividades de trabalho a campo (62,7%). A maioria dos casos era autóctone, mas foram relatados casos provenientes de dois países da América Latina e dois da África. As maiores incidências foram observadas no sudeste paraense e nos municípios do nordeste paraense que fazem divisa com Paragominas. A distribuição de casos pode estar relacionada às atividades de mineração que propiciaram desmatamento e migrações populacionais de outros municípios e estados, principalmente o estado do Maranhão, em busca de empregos, gerando um salto populacional. A importância da compreensão do processo de transmissão da LTA em nível local é uma questão fundamental para subsidiar as ações de vigilância e controle ambiental, e contribuir para o conhecimento da dinâmica e circulação do parasito entre os focos de uma mesma região de alta transmissão. |