Incidência de Hanseniase em menores de 15 anos acompanhados no município de Imperatriz no período de 2004 a 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: GORDON, Ariadne Siqueira de Araujo lattes
Orientador(a): XAVIER, Marília Brasil lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9184
Resumo: O presente estudo teve como objetivo estimar a incidência global e em casos índices de hanseníase em menores de 15 anos no município de Imperatriz, analisando a distribuição espacial e ações de vigilância preconizadas pelo Ministério da Saúde. Foi um estudo longitudinal, de incidência sobre casos de hanseníase entre menores de 15 anos, retrospectivo, com informações geradas pelas notificações do agravo, retiradas do sistema SINAN NET. A coleta de dados foi feita no mês de junho de 2012, foram investigados 284 pacientes que foram notificados no município de Imperatriz, no período de 2004 a 2010, classificados como caso novo, no modo de entrada. O coeficiente de detecção teve o seu pico máximo no ano de 2005, 83,38/ 100.000 hab. O maior coeficiente de pacientes com Grau de Incapacidade Física (GIF) no diagnostico foi em 2004 onde foi 39,62%. O coeficiente de contatos examinados foi de 24,44%. Quanto á detecção de casos novos, predominou o sexo masculino (51,06%), a cor parda (55,65%), na faixa etária de 10 – 14 anos com 60,22 % e com escolaridades média de 6 a 11 anos de estudo (59,8%). Quanto a classificação e tratamento, o tipo Indeterminada (40,13%) e Tuberculóide (31,68%) prevaleceram, e a PQT Paucibacilar foi o tratamento de escolha em 72,17% dos casos notificados no período. A Incapacidade foi prevalente em 22,2 % de todos os casos. Os dados confirmam a manutenção da hiperendemicidade da hanseníase, especialmente em menores de 15 anos, demonstrando a manutenção da cadeia de transmissão da doença, com indicadores operacionais do programa de controle e vigilância bem aquém dos parâmetros aceitáveis. A distribuição dos casos no município ocorreu na área de maior aglomeração populacional e com condições sanitárias precárias, representadas pelo distrito 4, que é composto principalmente pelos bairros Santa Rita, São Jose e Nova Imperatriz. O numero de contatos examinados foi considerado precário e o indicador operacional que avaliou grau de incapacidade no momento do diagnóstico apresentou-se alto.