Tendência da hanseníase em menores de 15 anos no município de Imperatriz- MA no período de 2001 a 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: LUCENA, Adriana Dias lattes
Orientador(a): XAVIER, Marília Brasil lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais
Departamento: Núcleo de Medicina Tropical
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9175
Resumo: A Hanseníase é uma doença infecciosa crônica, de evolução lenta, considerada uma das mais antigas da humanidade, é manifestada através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, com lesões de pele e nervos periféricos, podendo atingir olhos, mãos e pés. É uma enfermidade potencialmente incapacitante, causada pelo Mycobacterium leprae, sendo sua ocorrência na infância um importante indicador de transmissibilidade, o que reflete a sua magnitude, especialmente em menores de 15 anos, sendo necessário o rápido diagnóstico para esta população. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo analisar a tendência da hanseníase em menores de 15 anos no município de Imperatriz – MA, no período de 2001 a 2010. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, quantitativo, com informações geradas pelo SINAN através da ficha de notificação compulsória deste agravo nos meses de julho a dezembro de 2011, pela Secretaria Municipal de Saúde, no qual foram utilizadas 478 fichas de notificação de casos de hanseníase diagnosticados entre os anos de 2001 e 2010. Onde 257 (53,76%) eram do sexo masculino, 303 (63,38%) tinham idade entre 10 a 14 anos, 221 (46,23%) eram da raça parda, 214 (44,76%) possuíam ensino fundamental completo. A taxa de detecção em maiores de 15 anos variou de (23,24/10.000) e (10,22/10.000), respectivamente para os anos de 2001 e 2010. E de (6,22/10.000) e (2,69/10.000), respectivamente para os anos de 2001 e 2010 nos menores de 15 anos. Quanto ao coeficiente de detecção, o Município foi considerado hiperendêmico. Quanto à forma clínica, houve predominância da Indeterminada com 187 (39,12%) dos casos. 319 (62,73%) casos eram das formas paucibacilar, sendo que a maioria dos diagnósticos ocorreu através de demanda espontânea com 235 registros (49,15%). Dos casos avaliados em menores, (62,26%) não apresentaram grau de incapacidade no diagnóstico na década estudada. 467 (97,7%) dos casos residiam na área urbana de Imperatriz e destes 126 (26,35%) eram do distrito sanitário do Santa Rita. Assim, mesmo com a baixa mortalidade, o acometimento pela doença, quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode acarretar em consequências físicas, sociais e psicológicos nas vidas desses menores, sendo as maneira mais efetiva para eliminação da doença, a educação em saúde, o diagnóstico e tratamento rápido e eficaz.