Pescadores artesanais da reserva extrativista marinha Caeté-Taperaçu e a percepção ambiental sobre os recursos naturais.
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11842 |
Resumo: | As Unidades de Conservação de uso sustentável são áreas que buscam priorizar a relação harmônica entre populações humanas, seus meios de vida e o meio ambiente. Atualmente no Brasil, as áreas de conservação ambiental são sinalizadas como áreas de suma importância e são vistas como estratégias para proteção e gestão de territórios. Nessa conjuntura grupos populacionais, que habitam essas áreas se dedicam ao extrativismo, destacando aqui a pesca praticada de forma artesanal. Assim esse trabalho apresenta as seguintes analises: I- Uma caracterização social, econômica e ambiental bem como contribuições para analisar e traçar o perfil de pescadores artesanais que residem em três comunidades pesqueiras do município de Bragança, nordeste do estado do Pará, inseridas na Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu. II- Analisar a percepção ambiental de pescadores artesanais acerca dos aspectos sobre a ação da realização da atividade pesqueira, os recursos naturais e a reserva extrativista e seu manejo. Para isso, na I analise foram realizadas entrevistas através de questionários a 251 famílias de pescadores artesanais entre homens e mulheres, sendo 85 (33,86%) da Vila dos Pescadores, 96 (38,25%) da Vila do Castelo e 70 (27,89%) da Vila do Taperuçu). A partir disso, constou que a idade dos entrevistados variou entre 18 e 55 anos, e possuem baixa escolaridade, onde 50% não terminaram nem o ensino fundamental, mostrando que renda gira em torno de 5.506,56 ± 3.905,85 reais ao ano, sendo que 86,85% dessa renda está ligada ao vínculo que possuem com o atravessador. Resultando também a maioria dos pescadores artesanais possuem casa própria 92%, utilizam poços d’água cavado nas propriedades 59,36% ou rede de distribuição de água 40,24%, possuem fossa séptica 49% e é disponibilizado serviços de limpeza urbana, o qual atende 56,57% dos entrevistados. Na análise II foi utilizada a aplicação de questionários seguindo o modelo de escala tipo Likert, e para avaliar os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-wallis com nível de significância de 5% (α = 0,05). Isso resultou na percepção ambiental sobre a ação da atividade pesqueira, que foi possível verificar diferenças significativas entre as comunidades (p = 0,015). No entanto, somente a comunidade do Taperaçu diferenciou de Vila dos Pescadores (p = 0,013) não ocorrendo diferenças significativas entre as comunidades. Já percepção ambiental sobre o uso dos recursos naturais, as comunidades diferem entre si, sendo que, a comunidade do Castelo diferenciou da comunidade do Taperaçu (p < 0,001) e da Vila dos Pescadores (p < 0,001), entretanto não foi possível identificar diferença significativa entre a comunidade do Taperaçu e Vila dos Pescadores (p = 0,269); E a percepção ambiental sobre a reserva extrativista e o plano de manejo, foi possível identificar diferenças significativas entre as comunidades (p = 0,001). Porém, somente a comunidade do Castelo diferenciou de Vila dos Pescadores (p < 0,001) não ocorrendo diferenças significativas entre as demais comunidades. Considerando que uma comunidade divergiu da outra por conta de fatores como representatividade política, que gera visibilidade para a comunidade, ocasionando uma boa acessibilidade e inclusão dos pescadores em programas fomentadores em prol da sustentabilidade, assim, ocorrendo maior engajamento de uma comunidade em detrimento da outra. |