Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
CORRÊA, Hellen Vivianni Veloso
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Orientador(a): |
SOUSA, Regina Célia Gomes de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento
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Departamento: |
Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8988
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Resumo: |
A razão 2D:4D é utilizada como marcador da exposição aos andrógenos pré-natais, em especial a testosterona e seu efeito organizacional. A literatura tem indicado que há influencia desde hormônio na diferenciação física, psicológica e comportamental entre os sexos. Já na vida adulta, este hormônio tem sido apontado como exercendo um efeito ativador nos mecanismos que passarm por eventos organizacionais ocorridos na vida intrauterina. Além disso, a testosterona, tanto intrauterina quanto na vida adulta, tem mostrado influenciar a preferência por parceiros (amorosos e sexuais) do mesmo sexo ou do sexo oposto, bem como a preferência por características pessoais desses parceiros, especialmente as físicas. Homens apresentam um padrão diferenciado nas preferencias por atributos na escolha de parceiros em relação às mulheres. A literatura também tem mostrado que grupos específicos de mulheres homossexuais, com estilo menos feminino (mulheres butch), apresentam características físicas, psicológicas e comportamentais semelhantes, porém não iguais, às dos homens, o que pode estar relacionado à sua biologia por meio da interferência de hormônios como a testosterona. Além disso, a literatura de seleção de parceiros tem mostrado algumas diferenças entre mulheres homossexuais e heterossexuais quanto às preferencias na seleção de parceiros, com mulheres homossexuais apresentando algumas preferências semelhantes aos padrões de escolha masculinos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o quanto a testosterona, tanto intrauterina (sinalizada por meio da mensuração da razão 2D:4D) quanto na vida adulta (por meio da mensuração das concentrações na saliva), estariam relacionados às preferências por escolhas de parceiros em mulheres homossexuais de dois estilos, um mais relacionado ao masculino (butch) e outro mais relacionado ao feminino (femme), e mulheres heterossexuais. Participaram desse estudo 172 mulheres, 21 butch, 43 femme e 108 heterossexuais, todas no período reprodutivo, entre 18 e 39 anos, residentes na região Norte do Brasil. Os dados foram coletados em bares, associações LGBT e por indicação. A coleta das razões 2D:4D foi realizada por meio de paquímetros digitais; as de concentração de testosterona foram mensurados por meio da saliva e analisados com kits específicos para esse fim; foi utilizado um questionário para seleção da amostra e outro para verificar os critérios de seleção de parceiros das participantes. Os resultados indicaram que mulheres butch apresentaram diferenças em vários aspectos em relação às heterossexuais, desde as concentrações de testosterona na saliva, preferências na escolha de parceiros e no modo como a testosterona, tanto intrauterina quanto na vida adulta, se correlacionam com essas preferências. Já as mulheres femme, apresentam um padrão mais intermediário entre esses aspectos em relação a ambos os grupos. Conclui-se que há, entre as mulheres, um contínuo de expressão sexual/afetiva que vai desde um padrão biológico e comportamental heterossexual até um padrão homossexual mais próximo ao masculino, com mulheres homossexuais apresentando fenótipos comportamentais intermediários compartilhando características dos dois extremos do contínuo. Sugere-se que fatores externos relacionados ao estilo de vida (como a prática frequente de exercícios físicos), questões socioeconômicas, bem como fatores biológicos sejam responsáveis por tais diferenças, de modo que alguns desses fatores precisam ser investigados com mais profundidade por meio de análises aos hábitos quotidianos das mulheres desses grupos. |