Efeitos do uso de histórias infantis sobre o reconhecimento de expressões faciais de emoções em crianças com autismo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LIMA, Anne Abreu de lattes
Orientador(a): PARACAMPO, Carla Cristina Paiva lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Comportamento
Departamento: Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13848
Resumo: Entre os déficits em comunicação e interação social frequentemente observados em indivíduos com autismo, destaca-se a dificuldade no reconhecimento de expressões faciais de emoções. Sendo esta uma das habilidades mais importantes para interações sociais eficazes, estudos têm buscado desenvolver procedimentos de ensino desta competência. Este trabalho objetivou avaliar a eficácia do uso de histórias infantis, no treino de reconhecimento de expressões faciais de emoções em crianças com autismo. Participaram do estudo seis crianças com diagnóstico de autismo, no nível leve a moderado com faixa etária entre 6 a 7 anos. O procedimento consistiu de cinco fases: Pré - Teste, Treino, Pós - Teste, Teste de Generalização e Follow-Up. Foram utilizados no pré e no pós - teste 40 estímulos compostos de desenhos e fotografias de rostos (de diferentes faixas etárias e raças) com quatro diferentes expressões faciais – alegria, tristeza, raiva e medo. O Pré - Teste e o Pós – Teste eram compostos por 10 tentativas. Em cada tentativa eram apresentadas quatro diferentes estímulos com as quatro expressões e era requerido que o participante apontasse a figura com a expressão solicitada. No Treino foram utilizadas 20 histórias, sendo cinco sobre cada uma das expressões. As histórias eram apresentadas e, após, era solicitado ao participante apontar a figura correspondente a expressão destacada na história. O Teste de Generalização foi constituído da apresentação em vídeo de quatro histórias (uma de cada expressão facial). Após assistir o vídeo era solicitado ao participante apontar à figura correspondente a expressão destacada no vídeo. O Follow-up consistiu na reapresentação do Teste de Generalização, quatro semanas após a aplicação do primeiro teste. O critério de mudança do Pré-Teste para o Treino era 70% de erros e do Treino para o Pós – Teste e deste para o Teste de Generalização era 90% de acertos. Os resultados mostraram que todos os participantes não identificavam expressões faciais de emoções no Pré - Teste, mas passaram a reconhecê-las após o Treino e apresentaram desempenho generalizado de reconhecimento de emoções no Teste de Generalização. Já no Follow – up apenas os participantes P1, P2, P3, e P6 mantiveram o desempenho do Teste de Generalização. Estes resultados indicam que a utilização de histórias infantis é um recurso lúdico – didático eficaz para ensinar o reconhecimento de expressões faciais de emoções à crianças com autismo.