Mudanças climáticas e a resiliência da floresta amazônica ao longo do tempo e espaço
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Museu Paraense Emílio Goeldi |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10274 |
Resumo: | O clima está mudando de forma acelerada e ainda não sabemos, ao certo, quais serão as consequências e a magnitude das mudanças sobre o ecossistema terrestre com maior biodiversidade do planeta, a floresta amazônica. Na busca para contornar tal limitação, aqui nós concebemos e executamos uma estrutura metodológica inovadora, com a robustez teórica necessária, capaz de (1) mensurar e mapear resiliência ecossistêmica em largas escalas; (2) avaliar a vulnerabilidade intrínseca dos ecossistemas às mudanças climáticas; (3) prever eventos catastróficos de transição entre a floresta amazônica e savanas; e (4) analisar os efeitos de mudanças climáticas do passado de forma quantitativa e qualitativa sobre os ecossistemas da bacia amazônica. Nossos resultados mostram que a floresta é intrinsecamente mais vulnerável a mudanças do clima em um futuro próximo do que outros ecossistemas terrestres. Além disso, há uma grande chance de as mudanças climáticas em curso dispararem repentinamente eventos catastróficos de transição a outros estados estáveis com menor densidade de cobertura vegetal. Nossos achados indicam que tais regimes de transição foram frequentes em função das oscilações climáticas do passado ao longo dos últimos 22 mil anos. Estes eventos paleobiogeográficos certamente contribuíram para estruturação ecológica e evolutiva da biota amazônica como a conhecemos hoje. No entanto, a forçante antropogênica dos dias atuais, caracterizada por transformações de grande magnitude e à elevadas taxas, tem um peso desproporcional na balança histórica e podem conduzir, em um futuro próximo, a um evento de extinção maciça da biodiversidade amazônica. |