Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
PINON, Alerrandson Afonso Melo
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Orientador(a): |
LEAL, Luiz Augusto Pinheiro
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional em Ensino de História
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Departamento: |
Campus Universitário de Ananindeua
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12672
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Resumo: |
A proposta deste trabalho foi produzir uma metodologia de ensino de História de orientação decolonial, com o objetivo de dar prioridade ao ensino de História da África e da cultura afro-brasileira. Demonstraremos como o pensamento decolonial, tendo como autores de referência Aníbal Quijano, Walter Mignolo e Catherine Walsh, pode nos revelar o quanto a História da África e da cultura afro-brasileira estiveram historicamente subalternizadas nos currículos escolares. Também enfatizaremos as principais críticas ao eurocentrismo na produção do conhecimento histórico, advindas do pensamento pós-colonial africano, tendo como autores de referência Mudimbe, Mbembe e Appiah. A partir dessas reflexões, foi possível traçar as diretrizes que nortearam a formulação do trabalho de intervenção pedagógica no espaço escolar. Para executar o trabalho de intervenção foram realizadas pesquisas sobre o acervo historiográfico disponível nas bibliotecas dos espaços escolares pesquisados, além de pesquisas sobre os sentidos históricos que os alunos atribuíram à História da África e às relações do continente africano com o Brasil, antes e depois dos trabalhos de intervenção. Para compreender os sentidos históricos atribuídos pelos alunos à África e suas relações com o Brasil foi realizado um diálogo com a Didática da História, tendo como autor de referência o historiador Jörn Rüsen e seus conceitos de consciência histórica e cultura histórica. A conexão com a Didática da História permitiu a realização de diagnósticos sobre como os alunos pensam historicamente a História da África e suas relações com o Brasil. A partir deste diagnóstico foi possível formular o trabalho de intervenção no espaço escolar, onde elaborei produtos educacionais (textos didáticos e apresentações de slides) sobre a História da África e da cultura afro-brasileira que foram utilizados na minha prática de ensino em duas escolas de educação básica da região metropolitana de Belém do Pará: Helder Fialho Dias (SEMEC Belém) e Américo Souza de Oliveira (SEDUC Pará). A intervenção ocorreu no segundo semestre do ano de 2019 e foi executada a partir de aulas expositivas e atividades avaliativas que culminaram em Mostras Culturais e seminários apresentados pelos alunos. Após a intervenção, foi realizada uma pesquisa de avaliação dos resultados de aprendizagem, na qual foi possível diagnosticar aprendizados significativos, que levaram os alunos: a superar o reducionismo da História da África à História da escravidão; a desfazer as imagens negativas e quebrar os estereótipos criados sobre a História da África e o continente africano; e a superar o racismo. |