Socioterminologia de plantas medicinais em Parkatêjê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: REIS, Jaqueline de Andrade lattes
Orientador(a): FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Instituto de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9489
Resumo: O presente trabalho consiste do estudo da terminologia das plantas medicinais utilizadas na produção de remédios para o tratamento e cura de doenças pelos indígenas da Comunidade Parkatêjê localizada na Terra Indígena Mãe Maria, à altura do quilômetro 30 da rodovia BR-222, no município Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do estado do Pará. O objetivo principal, desta investigação, visa elaborar um glossário semibilíngue, em sua versão impressa, acerca dos termos especializados das plantas medicinais que emergem do discurso do pajé, considerado um especialista em saúde indígena, conforme Athias (2015). Entre os objetivos específicos, buscamos descrever e analisar os aspectos morfológicos desses termos especializados com base em Ferreira (2003). O trabalho está norteado pelos pressupostos teórico-metodológicos da Socioterminologia à luz do pensamento de Gaudin (1993, 2003) e Faulstich (1995a, 1998, 1999, 2006, 2010a, 2010b, 2012, 2014); como abordagem suporte, a pesquisa encontra-se alicerçada na Terminologia Cultural (TC), postulada por Diki-Kidire (2002, 2007, 2009). Entendemos que essas teorias se adequam à elaboração do glossário ora proposto, pois consideram as especificidades da língua Parkatêjê. A escolha do campo semântico das plantas medicinais é justificada pela importância social e cultural dessa prática de uso, que se configura em sociedades orientadas pela tradição oral, como a Parkatêjê, devendo, por isso, ser analisada, mas também descrita e documentada com intuito de contribuir para o fortalecimento e a preservação da língua tradicional. A coleta de dados foi realizada na referida comunidade indígena por meio de entrevistas com o pajé e com outros colaboradores da pesquisa. Para a organização e o tratamento do banco de dados, utilizamos o software Flex; para a elaboração do glossário, valemo-nos do programa computacional Lexique Pro. O glossário contém 111 verbetes, que estão apresentados em ordem alfabética, alguns dos quais acompanhados por ilustrações. Esperamos que essa obra terminográfica seja útil a futuras pesquisas nessa área, e também possa contribuir para a preservação dos saberes culturais e linguísticos dos Parkatêjê.