Resíduo da bauxita na produção de agregados graúdos sintéticos para concreto estrutural: análise de durabilidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: MACHADO, Vinícius Costa
Orientador(a): PICANÇO, Marcelo de Souza lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15735
Resumo: Em meio as políticas de meio ambiente, a construção civil passou a buscar materiais alternativos, a exemplo advindos de resíduos industriais; e a cada dia que passa isso tem se tornado mais comum. Este fato está relacionado a questões envolvendo: a alta demanda por materiais para construção; o esgotamento das reservas de matérias primas; o elevado custo e espaço de armazenagem de resíduos; e possíveis riscos à saúde pública advindos. Tratando-se de resíduos industriais cabe destaque aos de mineração, em especial o resíduo da bauxita (RB) decorrente do processo Bayer de refino do minério, que já se tornaram uma alternativa promissora de matéria-prima em diversos países inclusive no Brasil para uma série de aplicações. O RB vêm sendo estudado e utilizado de forma um tanto recente na produção de agregados graúdos para concretos, obtendo-se sucesso em vários estudos. Porém, as informações que se tem a respeito da utilização de agregados graúdos sintéticos no concreto estão em maior parte ligadas às propriedades físico-mecânicas do mesmo, havendo certa carência de dados a respeito da influência destes na durabilidade do concreto estrutural. O estudo abordou de início as características físico-mecânicas e potencial reativo por reação álcali-agregado (RAA) de 3 agregados graúdos sintéticos (AGS 70, AGS 80 e AGS 90), obtidos a partir do RB junto à sílica e argila, com base nos requisitos normativos exigidos para utilização em concretos. Logo após, os concretos produzidos com estes agregados, em substituição total ao seixo, foram avaliados quanto as suas propriedades físico-mecânicas (resistência à compressão axial, tração por compressão diametral, módulo de elasticidade, absorção de água por capilaridade) e à durabilidade (carbonatação acelerada e penetração de cloretos). Os resultados evidenciaram que os agregados sintéticos de RB se mostraram condizentes com as especificações técnicas para utilização no concreto estrutural e não desencadearam a RAA, permanecendo assim inóculos. A resistência à compressão axial (28 dias) atingiu valores entre 36-24 MPa; tração e módulo de elasticidade demonstraram pouca variabilidade; a absorção capilar se mostrou proporcional à tendência linear crescente das absorções de água dos agregados graúdos; destacando-se os concretos com AGS 70 e AGS 80 que obtiveram melhor desempenho nas características físico-mecânicas analisadas. A resistência à carbonatação dos concretos contendo o AGS 70 e AGS 80, como base nos referenciais normativos, classificaram-se como baixa e excepcional respectivamente. Em relação à penetração de cloretos, os mesmos foram classificados como resistência moderada (c/AGS 70 e AGS 80) e baixa (c/ AGS 90) segundo a metodologia utilizada.