Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
ARAUJO, Rodrigo da Cruz de
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Orientador(a): |
PONTE, Marcos Ximenes
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido
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Departamento: |
Núcleo de Altos Estudos Amazônicos
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11108
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Resumo: |
Este trabalho tem como foco a resposta das características hidrológicas (i.e.precipitação, vazão e evapotranspiração) ao desmatamento, para duas bacias de captação individuais, nas quais o processo de mudança da cobertura vegetal se encontra em níveis diferentes. Busca-se dessa forma ratificar os resultados apontados pela literatura, no sentido de que a partir de certo nível de desmatamento as respostas hidrológicas passam a se dar em função de interações atmosféricas locais e não locais. Foram então selecionadas duas bacias: do Curua-Una (microregião de Santarém) e do Uraim (Paragominas). Tais bacias foram escolhidas por representarem exemplos de duas situações distintas no avanço do desmatamento. A primeira se encontra em um nível aproximado de 25%, enquanto a segunda bacia já experimentou desmatamento ainda mais significativo, na ordem de 65 %. Utilizando se as séries históricas de dados foram realizadas para cada bacia análises estatísticas a fim de testar as diferenças hidrológicas entre dois períodos, representativos de situações distintas quanto ao desmatamento, ou seja, um momento mais preservado e um mais desmatado. Os resultados encontrados confirmam que, de fato, níveis de desflorestamento diferentes provocam respostas distintas nas características hidrológicas, ao apontar que para a bacia com menor nível de desmatamento 25% (i.e. Bacia do Curua-Una) não ocorre alteração significativa na precipitação, e ainda assim a descarga aumenta, ao passo que a área mais devastada (i.e Bacia do Uraim) apresenta redução da precipitação (na faixa de 25%) com conseqüente diminuição da vazão do canal. Tais resultados são especialmente relevantes por confirmarem com dados de campo que as hipóteses levantadas por diversas simulações de cenários futuros, na prática já estão ocorrendo, se não em um nível regional, pelo menos para uma área específica onde o nível de desmatamento é acentuado tanto em termos percentuais quanto de extensão total. |