Respostas termográficas em touros bubalinos submetidos à coleta de sêmen e avaliados sob condições agrometeorológicas no trópico úmido
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Universidade Federal Rural da Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
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Departamento: |
Campus Universitário de Castanhal
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8420 |
Resumo: | A produção de búfalos (Bubalus bubalis) está praticamente concentrada entre os trópicos, onde predominam elevadas temperaturas. Portanto, o conhecimento da resposta desses animais frente ao ambiente tropical e às mudanças climáticas são essenciais. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a variação dos índices de conforte térmico, parâmetros fisiológicos, hemáticos, seminais e de temperaturas superficiais de touros bubalinos mantidos sob clima tropical úmido (Afi de Köppen). Dez búfalos foram mantidos em baias coletivas, com acesso à sombra. Durante os meses de abril a agosto de 2013 foram obtidos dados climatológicos de estação meteorológica e dataloggers, instalados no interior das baias para cálculo do índice de temperatura e umidade (ITU). Foram aferidas frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC), temperatura retal (TR), temperatura superficial de globo ocular (GLO), temperatura superficial do escroto (ESC), temperatura superficial do flanco direito (FLd) e esquerdo (FLe) e calculado o índice do conforto térmico de Benezra (ICB). Foi realizada coleta de sêmen semanalmente por vagina artificial, e realizada coleta de sangue para avaliação do hemograma mensalmente. A média da temperatura máxima do ar foi de 31,5ºC e a média da umidade relativa máxima foi de 93,2%. O ITU apresentou diferença somente entre turnos (P<0,05). A FR, FC e ICB apresentaram incrementos significativos ao longo dos meses e com diferença entre turnos (P<0,05). Já a TR apresentou diferença entre turnos e variação decrescente nos meses, com menor valor em agosto (37,8±0,7ºC). Para os valores de TR, GLO, FLd, FLe e ESC houve diferença (P<0,05) tanto para o turno quanto para os meses. O hematócrito, volume corpuscular médio, hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina corpuscular média, turbilhonamento e vigor espermático apresentaram diferença significativa (P<0,05) ao longo dos meses. As maiores correlações obtidas entre ITU e temperaturas superficiais foram entre ITUmed e FLdmed (0,77; P<0,0001), ITUmed e FLemed (0,75; P<0,0001), ITUmed e GLO (0,72; P<0,0001), e ITUmed e ESC (0,41; P<0,0001). A maior correlação entre temperatura interna e temperatura superficial foi de TR e GLOmax (0,58; P<0,0001). Correlações significativas foram encontradas entre ICB e FR (0,97; P<0,0001), ICB e FC (0,89; P<0,0001), FC e FR (0,87; P<0,0001), ITU e integridade de membrana plasmática dos espermatozoides (-0,17; P<0,05). Os resultados mostraram que, apesar dos animais apresentarem variações no índice de conforto de Benezra e elevação da temperatura superficial nos períodos mais quentes, os touros foram capazes de manter a homeotermia. Por fim, concluiu-se, também, que a termografia infravermelha pode ser usada como uma ferramenta não invasiva e auxiliar nos estudos sobre a fisiologia da termorregulação animal. |