Polimorfismos na região promotora, Éxon I e Éxon II do gene do receptor da melatonina associados às características reprodutivas em búfalas na Amazônia
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pará
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Universidade Federal Rural da Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
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Departamento: |
Campus Universitário de Castanhal
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8346 |
Resumo: | A produção de bubalinos no Estado do Pará é uma atividade de alta representatividade para a economia regional e produção de carne, leite e derivados. Portanto, é necessário desenvolver novas tecnologias que aumente o desfrute da produção e reprodução de bubalinos na região Amazônica. Sendo assim, os objetivos desta tese de pesquisa foram caracterizar a região promotora do gene do receptor da melatonina 1 A (MTRN1A) e identificar polimorfismos nos éxons I e II do referido gene e associá-los a características reprodutivas de relevância econômica em búfalas na região Amazônica. Foram coletados amostras de pelos de 400 búfalas e foram usados 60 animais para caracterização da região promotora, 140 para detectar o polimorfismo (SNPs) no éxon II e 77 para detectar o polimorfismo no éxon I. Foi realizada a extração de DNA pelo método fenólico. Em seguida selecionaram-se os diferentes iniciadores para realizar as reações em cadeia da polimerase (PCR). A região promotora do MTRN1A foi sequenciada em um total de 1621 pares de base pelo método de Sanger, o polimorfismo no éxon II foi detectado através da técnica de PCR-RFLP (Polimorfismo de restrição de comprimento de fragmentos) com a enzima HpaI e o polimorfismo no éxon I foi detectado através do sequenciamento de DNA pelo método Sanger. Foram avaliadas as frequências alélicas e genotípicas de todos os SNPs, os coeficientes de endocruzamento (Fis) e as probabilidades de Hardy-Weinberg. Os SNPs da região promotora e do éxon I foram associados com características reprodutivas das búfalas pelo ANOVA, ou teste t de Student e/ou teste qui-quadrado. O nível de significância foi de 0,05. Foram detectados 26 SNPs na região promotora nas posições -1511 (C→T), -1465 (G→T), -1422 (A→G), -1411 (G→A), - 1395 (G→T), -1298 (A→G), -1295(G→A), -1242 (A→C), -1150 (C→T), -1147 (G→C), - 1136(A→G), -911 (G→A), -909 (A→G), -724 (C→G), -656 (A→C), -649 (T→C), -644 (G→A), -511 (A→C), -481 (G→A), -425 (C→T), -395 (G→A), -383 (G→T), -254 (C→T), - 206 (T→C), -133 (T→G) e -94 (C→T) e um bloco de deleção (ACAA) na posição -1483. Do total de SNPs detectados, 75% dos alelos selvagens tiveral frequências maiores que 0,5. Para a característica Intervalo entre Parto (IEP), somente cinco SNPs (-1298, -1136, -911, -724 e - 656) foram significativamente associados (P<0,05) e outros três SNPs (-1395, -724 e -94) foram associados significativamente (P<0,05) com a característica Idade ao Primeiro Parto (IPP) e nenhum para a característica concentração de partos (P>0,05). Um total de 11 SNPs foi fortemente associado a fatores de ligação para a regulação gênica. O SNP no éxon II por PCR-RFLP (HpaI) na posição 306 de (T→C), sendo o alelo T mais frequente nos animais de Terra Firme (0,529) e o C em animais de Várzea, as duas populações apresentaram coeficientes de endocruzamento Fis (0,040 e 0,091, respectivamente) e fortes desvios de Hardy-Weinberg (P>0,05). A mutação ocorre no 106° codon e é do tipo sinonímio sem alteração da estrutura de alças do RNA mensageiro. O SNP no éxon I foi detectado na posição 62 (T→C) e do tipo não sinonímio, trocando de Leucina para Prolina. O alelo mutante C foi o mais frequente (0,623), coeficiente de endocruzamento Fis=0,397 e desvios de Hardy- Weinberg (P<0,05). Nenhum dos genótipos foram associados ao interval entre partos e a idade do primeiro parto (P>0,05). Portanto, os SNPs são fortes candidatos para seleção, mas seria interessante avaliá-los em outros rebanhos na região Amazônica e/ou em outras regiões do Brasil e/ou em outros países para efetivá-los como excelentes marcadores moleculares para características reprodutivas de bubalinas. |